sábado, 6 de junho de 2009

Descoberta

 loosho 006

Coisas Que Eu Sei

Danni Carlos

Composição: Dudu Falcão

Eu quero ficar perto
De tudo que acho certo
Até o dia em que eu
Mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
Meu conhecimento
É minha distração...
Coisas que eu sei
Eu adivinho
Sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio
Mostra o tempo errado
Aperte o Play...
Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer
Na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo tá fechado
Pra visitação...
Coisas que eu sei
O medo mora perto
Das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim
Não vou trocar de roupa
É minha lei...
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais
Depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro
Do que eu desenhei...
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas
No meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos
Que eu não sei usar
Eu já comprei...
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo
Mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre
Quando tô a fim...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Agora eu sei...
Agora eu sei...
Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Eu sei!

quarta-feira, 27 de maio de 2009
























Marina Lima - À Francesa


"Mas os momentos felizes não estão escondidos, nem no passado, nem no futuro."

sábado, 25 de abril de 2009

A Vida em Câmera Lenta e Suas Implicações, Aplicações, Explicações e Cunfusões.

























Eis que para começar esse texto, esse pequeno ensaio dito como "A Vida em Câmera Lenta e Suas Implicações, Aplicações, Explicações e Confusões", adotarei o meu ponto de vista e uma verdade universal: O tempo é curto.
Esse não é para ser um texto perfeito. Oh não, não existem perfeições.
Escrevendo, pensando, refletindo...meu consciente, subconsiente e inconsciente vão debatendo, jogando, filosofando e jogando papo fora. Descontração.
Voltemos aos velhos tempos. Limpeza de chaminé.


O tempo é algo que não podemos controlar. Não podemos tocar. Não podemos voltar.
Imagine se pudéssemos através de um controle remoto, controlar o tempo: avança, congela, passa, pula, volta, corta, mudo. Se pudéssemos pegá-lo no ar como se pega uma cinza, ou como caçar borboletas. Guardá-lo em um pote, como se fosse grilo. Prende-lo em bolhas de sabão ou amarrá-lo num balão. Seria perfeito.
"Seria perfeito?";"Seria";"E qual a definição de perfeição?";"Grau de excelência".
Em partes seria bom sim, as lembranças boas poderiam ser eternizadas, não amarelariam como os retratos, nem correriam o risco de se perderem no mundo digital. As flores não murchariam, ficariam intactas, flores de cera. Beijos e abraços, olhares e amassos seriam intermináveis. Replay. Nunca esqueceríamos do rosto daqueles que amamos. Closer. As vozes soariam como veludo em nossos ouvidos, quantas vezes quisermos. Gravando.
Mas, se soubéssemos que as coisas poderiam ser gravadas, guardadas e arquivadas...modificadas, legendadas e talvez deletadas, será que nos arriscaríamos? Será que as coisas teriam os mesmo valores? Será que daríamos o máximo de nós mesmos?
A resposta é curta e grossa, dolorosa talvez. Três letras, uma sílaba, uma consoante e duas vogais. Não.
Vive-se somente uma vez. A chance é única. Passagem só de ida. Folha definitiva. Sem rasuras.
As vezes nos sentimos presos, como se estivéssemos sentados numa cadeira de força. Sem movimentos. Nada a fazer.
Vemos as coisas passarem por nós como um filme, nossa vida exposta num telão: Câmera lenta.
O que acontece quando filme chega ao fim? Será que existe um fim? Será que saberemos qual será o desfecho de tamanha história? Drama? Romance? Ação? Suspense? Terror? Comédia?
Se pudesse, como classificaria a sua vida? Novela mexicana? Filme europeu? Mangá japonês?
O campo torna-se vasto e as palavras fogem-me do pensamento quando o assunto se trata do "tempo".
Porque? Bom, ando sem tempo...Isso seria uma desculpa? Talvez, talvez...O que mais poderia dizer? Que não sei administrar meu tempo? Hm, é uma possibilidade...Mas estou tentando, estou me esforçando ao máximo...Mas sabe quando sua cabeça está a mil? Um turbilhão de idéias, aleatórias, teimosas, pululantes...? Então, pois é...minha mente está confusa. Muita coisa acontecendo concomitantemente em curto prazo. Aonde irá parar? Quando? Como? São muitas perguntas e poucas respostas.
As vezes, prefiro ficar sozinha. Com minhas músicas antigas e tristes, que cavam cada vez mais o buraco existente no meu coração. Buraco é buraco, voce tenta tampar com terra, chega até algumas vezes a achar que agora sim, está bem tapado. Mas não. Não, não e não! Há os fenômenos naturais: chuva, vento, seca e queimadas que acabam abrindo o buraco de novo. Há também alguns animais que resolvem se instalar nele, fazer uma toca, um lar, um ninho, um refúgio. Acabam cavando cada vez mais fundo, mais fundo...Mas continua sendo o mesmo buraco. A mesma promessa de terra plana.
Pensa-se: Isso terá fim? Ah, meu pobre coração!
Mas, o que seria de mim sem o sofrimento? Sem a dor? Sem a melancolia e a angústia? Eu mesma respondo, claro. Não seria NADA. Eu não seria eu...não mais. Não porque de qualquer forma, sou daquelas pessoas que acreditam que a queda faz parte, os cortes na pele, os ralados nos joelhos, as lágrimas salgadas e quentes escorrendo pela face suja de terra, de sangue. A expressão de dor que deixa bem claro o quanto dói, o quanto arde, o quanto machuca. Que merthiolate, band-aid, álcool e infinitos remédios não seriam a solução, e sim medidas que diminuiriam de certa forma um pouco daquele sofrimento. Mas não acabaria com ele de vez.
Sabem de um segredo? Certas palavras possuem poder curativo. Certas pessoas também.
Mas estas são roubadas de nossas vidas muito depressa...
As vezes, pensamos demais. Escolhemos demais. Falamos o desnecessário e esquecemos o principal: Agir. Demonstrar. Conquistar. Mostrar. Abraçar. Beijar. Cuidar. Amar.
Essa ultima palavra dispensa qualquer comentário, quem sente sabe.
Abobrinha por abobrinha, escrevi muitas coisas, com sentido ou não
Muitos erros certamente, o sono é meu companheiro nessa madrugada fria, sonhando, ouvindo minhas músicas vistas como antigas, chatas...Tá, direi o que estou ouvindo no momento. The Corrs. Lindo, lindo e lindo. Amo.
Estou exausta. Cansada. Ainda tenho muito o que estudar, e já é domingo. Deus, já é 3 de Maio!
Meu irmão já tem 14 anos, faltam 22 dias pro aniversário da minha mãe; já faz 6.870 dias, 17 horas e 52 minutos que vim ao mundo; 295 dias, 17 horas e 52 minutos que fiz 18 anos; 69 dias, 6 horas e 7 minutos pros meus 19 anos...odeio números. O tempo passa e os números mudam.
Amanhã é domingo. O Timão joga. Joga...e vence, claro. Título obviamente garantido, 16h estarei na frente da tv, vestindo a camisa do time, comendo pipoca e tomando coca-cola na caneca térmica do Coringão.
Amanhã também é dia de matemática, de física e de métodos e ferramentas de melhoria. De números, claro. São 01h45 da manhã. Meus olhos estão fechados dois terços. A temperatura do meu corpo está baixa. O nível de sono e torpor altíssimo. Se estou triste? Sim, estou. Agora estou ouvindo The Carpenters, e não sei se me sinto melhor ou não.
AUHIAUHAIUAHIAUHAIUHAIUHAIAIAHAIUHAIAUHAIHAIUHAIAUHIAHAI
Reação inesperada, crise de riso. O que fazer quando uma amiga sua diz: "eu adorava, colocava música triste, acendia cigarro e dai saia uns textos bons pra caralho", e depois te da dica de "coisas glamurosas" pra se colocar num texto deprê? Só rindo mesmo...isso não é um texto deprê, carai(ops!), e sim uma limpeza de chaminé...é só pra eu esvaziar minha mente! Não é pra ninguém se comover com as coisas que eu estou escrevendo, ninguém além de eu mesma.
Ótimo, agora estou no The Cardigans, se estivesse com paciencia, até listaria as bandas e respectivas musicas que ouvi hoje, mas não, não estou afim. Não hoje.

Ahhhhhhhhhhh!! Sinto-me bem mais leve agora. 10kg.
Chega, por hoje é só! Vai dormir, Tamires! Já vou, já vou...pessoas me chamam no msn incessantemente, não tem como deixa-las de lado, querida. Mas okay, eu vou postar isso agora, e prometo que no máximo 02h30 estou na cama, serio! Hm...ta certo. Já são 02h04, olha lá hein!

Droga, a idéia desse texto era legal...só a idéia.
Tudo bem, fica pra próxima.

Adios, adios!
Buenas noches!
Besos, Tamires!
Besos, Mirabelle!
(?)


Imagem por: Mirabelle
Escrito por: Mirabelle
Dedicado a: Mirabelle
Inspirado em: Mirabelle
Fontes: Mirabelle

sábado, 11 de abril de 2009

Devia morrer-se de outra maneira...
José Gomes Ferreira

Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje
às 9 horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimônia, viríamos todos assistir
a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes...
primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos...
a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão sutil... tão pòlen...
como aquela nuvem além vêem? — nesta tarde de outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...

segunda-feira, 6 de abril de 2009
























A Sua

Marisa Monte

Composição: Marisa Monte

Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz Ano Velho!


Mais um ano amarelado que fica para tras.
No ultimo dia de 2008, decidi fazer uma pseudo-purificação em mim mesma, começando por nao acordar de mau humor.
Depois, fiz uma geral: A Abigail passara a virada com um novo visual. Uma nova personalidade.
A roupa branca foi selecionada de ultima hora, mas ficou perfeita. O vestido de renda novinho da minha mae, uma vez ajustado, caiu bem como uma luva.
A lingerie vermelha(pra dar sorte no amor, eh claro) foi separada cuidadosamente.
A sandália dourada coube perfeitamente nos meus pes trinta e cinco.
Os dentes foram astuciosamente escovados, os cabelos lavados, tratados e penteados.
As unhas lixadas e feitas: base com cheiro de menta.
A maquilagem foi feita com traços suaves e naturais.
Tomei um banho de chuva.
Ela levou consigo todas as impurezas que existiam no meu corpo ate dado instante.
Tudo escorrendo e correndo junto com a agua vinda dos ceus.
Por um instante, senti-me imensamente feliz. Completa.
Como se tudo que eu precisasse no mundo, estivesse ali, naquele momento.
Um vento gelado soprando em meu rosto, gotas espessas de chuva molhando-me por inteira e o silencio.
Eu e a natureza. E nada mais.
A lasanha esta quente no forno, a champanha e o sorvete napolitano estao gelando, o Bidu latindo freneticamente no quintal, os fogos de artifício estourando no ceu negro, meus pais procurando o documento da Veraneio, meu irmao falando sobre experiencias cientificas, minha irma me apressando enquanto escrevo...
...Tamires, esta chegando a hora!
Sim, estou indo!
Estou indo pra onde o vento me levar!
Estou indo para a rua mais alta da cidade, indo ver a festa de luzes brilhar!
Indo pra longe, pro fim do mundo, pra onde algo possa me aturar!
Porque eh ano novo, ano velho, afinal, quem ha de se importar?


Feliz Ano Velho!!


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

I Of The Mourning

Smashing Pumpkins


Radio, play my favorite song
Radio, radio
Radio, I'm alone
Radio
Radio, please don't go
Radio

I peer through curtains on empty streets
Behind a wall of color writing
No one's out there
To hear if I care
About the troubles in the air

Cause I of the mourning now go
Pick up where my thoughts left off
Cause I'm home to die on my own

As my radio plays my favorite song
Radio, radio
Radio, don't you know
Radio, radio
Radio, I'm alone

I've blown the dust off my guitar
In the attic with the stars
I read your letters to feel better
My tears upon the faded ink

Cause I of the mourning now go
Pick up where my thoughts left off
Cause I'm home to die on my own

As my radio plays my favorite song
Radio, radio
Radio, I'm alone
Radio, radio
Radio, please don't go

I sit in the dark light
To wait for ghost night
To bring the past to life
To make a toast to life
Cause I have survived

What is it you want
What is it you want to change
What is it you want
What is it you want to change
What is it you want to change

Radio, radio, radio, radio
Radio, radio, radio, radio
Radio, radio, radio, radio

What is it you want
What is it you want to change
What is it you want
What is it you want to change
What is it you want to change

terça-feira, 2 de dezembro de 2008




Requiem

E lá estava ela.
Mais uma vez envolvida por pensamentos culposos. Ressentimento. Dor. Mágoa...
Presa no passado. Acorrentada.
As correntes são fortes. Ela tenta em vão fugir. Abandonar algo que parece mais ser o seu destino. Fatal.
Não...metade dela sabe, conhece a verdade. Mas é menos doloroso assim. Fantasiando. Fingindo-se que é a vítima. Inocência.
Enquanto os vermes a comem por dentro e o cheiro de podridão começa a tomar conta do aposento, o sangue vai fluindo...
...para não se sabe onde.
A música vai cortando tudo o que ve pela frente: esperanças, amores, alegrias, conquistas, desesperos, angustias...deixando-a apenas com a solidão. A solidão e aquele buraco no peito. Oco.
Queijo Suíço. Em pedaços...
Porque?
Mozart sabia...ela podia sentir o que ele sentia. Uma ponte. Uma conexão.
E de repente, o mundo pareceu pequeno demais. Minúsculo para os dois. As duas almas que sofriam e clamavam desesperadamente por alguem. Alguem que fizesse toda aquela tristeza ir embora.
Depois de um tempo, ela já não sentia nada. Imunidade. As notas ricocheteavam em seus ouvidos e ela apenas as assimilava. Nada de dor. Nada de nada.
Uma onda de súplica invadiu-lhe o peito, e foi se expandindo...
O que eu fiz?
Agora tudo estava ficando mais doce...mas não menos venenoso. As notas suaves feriam novamente, a raiva estava entrando em ação, a intolerância, a depressão, o desespero....não!
Nãããããããoooo!
Querendo acabar logo com isso, sem pensar duas vezes, resolve apelar para a sua ultima chance, sua ultima esperança...
Amém!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Morangos Silvestres

PRÓLOGO

Uma vez, disseram-me que a melhor coisa do mundo era o chocolate.
Que só ele conseguia preencher o vazio deixado por quaisquer que fossem os temporais. Na hora, acreditei. Acreditei porque não restava-me outra saída naquele momento: "Ah, é?".
As lágrimas que escorriam como manteiga derretida foram cessadas. Os lábios se entreabriram, a língua foi posta para fora e sobre ela, depositado um pequeno pedaço de chocolate.
Pronto. Meu paladar enlouqueceu de vez!
Em segundos, o que era sólido tornou-se líquido. A calda doce e espessa bailava por entre meus dentes de marfim. Depois do baile, descendo por um longo e profundo tobogã, ela se foi. Só ficou na boca aquele gosto já conhecido: Quero mais!

Mas isso foi há um bom tempo atrás.
Agora, descobri o que realmente faz-me ter orgasmos alimentícios.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

domingo, 9 de novembro de 2008

Verão

E no sol, quente, vivo,
A pele arde, sua, queima,
Os poros claros, brancos, finos,
Mostram roxas, latentes, veias.

(Mirabelle)




quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Estar com voce. Beijar-te.

















Estar com voce é como seguir sem rumo
, sem saber para onde ir,
É ficar deitada no parapeito da janela
, admirando, esperando o porvir.

É sair correndo contra o vento, bailar com algo inexistente,
Fazer uma loucura, rindo a toa, não aguentar-se de contente.

Beijar-te é como mergulhar no mar, um mar carregado de sentimentos,
É deixar a vida te levar, conseqüentemente, sem possíveis lamentos.

É ter um pedacinho do céu, na ponta dos lábios ardentes,
Sentir o gosto da chuva, pousado nas bocas dormentes.

terça-feira, 21 de outubro de 2008


Soneto do Amor Total
Vinícius de Moraes

Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.




segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A Cruz E A Espada

Renato Russo



Havia um tempo em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu

Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim

E agora eu ando correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa o que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar

Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim

E agora é tarde, acordo tarde
Do meu lado alguém que eu não conhecia
Outra criança adulterada
Pelos anos que a pintura escondia

Agora eu vejo,
Aquele beijo era o fim, ah era o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E nunca mais, nunca mais, ou...]



Incrível como essa música tem tudo a ver comigo, e com o que estou passando neste momento...incrível!

domingo, 12 de outubro de 2008

Meu Jeito "Hipérbole" de Ser

Acordei muitíssimo cedo, exatamente 10:37:45.
Espreguicei-me como um bicho preguiça: Lentamente, como naqueles filmes românticos, em que os casais se encontram e o tempo pára, e depois vai vagarosamente acontecendo o desfecho do filme, aquele beijo em câmera lenta.
Assim que sentei-me na cama de casal, que é do tamanho de casa, senti um vazio no peito, como se estivesse perdendo alguma coisa, alguma parte de mim...
...Meu útero!!!!
Inclinei tanto a cabeça, que estive ao ponto de dar uma cambalhota, e pude constatar: Adiós a mis hijos!! Adiós mi vida!!
Fiquei desesperada! Não podia deixar o meu futuro escorrer desta forma, como uma queda de cachoeira, indo rio abaixo!
Qualquer movimento brusco, um piscar de olhos, fazia litros e litros fluírem colchão adentro. Senti-me no Mar Vermelho.
Com muita coragem, levantei. Chuááááááááá!!
Hemorragia. Desidratação. Anemia.
O caminho da cama até o banheiro do meu quarto nunca foi tão longo, estava a quilômetros de distância: Mil calçados e roupas, até perco as contas de quantas vezes tropecei nesses enormes obstáculos.
Me despi das unhas dos pés até os fios de cabelo e entrei debaixo do chuveiro. A água estava pelando, pensei que me causaria muitas queimaduras de terceiro grau. Olhando para o chão do box, vi que muita água vermelha lutava, a socos e pontapés, a caminho do ralo. Ficou difícil saber se era a tinta escorrendo do meu cabelo ou não.
Resolvi me ensaboar. O sabonete estava tão pequeno, que não dava para lavar sequer a pinta do meu mindinho.
Desliguei o chuveiro e enrolei-me na toalha, que era do tamanho de um vestido de noiva com calda de uns cinco metros, passando pelo quarto, rumei até a despensa. Ao voltar, percebi que havia um rastro de sangue por toda parte. Fiquei com medo. Teria um assassino na minha casa? Pior....seria ele um estuprador?
Olhando para os meus pés, vi que havia uma poça de sangue. Será...que...ele...está...atrás...de...m-mi-mi-im-mim? Antes que pudesse pensar, e ficar com mais medo, vire-me. Pá! Não-tinha-na-dááá!! Uffa! Fui então caminhando e seguindo as gotas de sangue, e de repente...Meu Deus! Estão indo para o meu quarto! Como estava na cozinha, resolvi pegar uma faca para me proteger. Ela era do tamanho da minha barriga, assim...imeeeeennnsa! Então, continuei seguindo os rastros que chegaram até o banheiro. Parei na porta e empunhei o mortífero instrumento afiado e cortante, e tcharããã!!!
Não tinha ninguém no banheiro. Estava deserto, ás moscas, dava para ouvir os "cri-cri" dos grilos. Decidi voltar ao banho.
Do nada, começou a cair um vendaval lá fora, o céu parecia despencar, e toda água do Sistema Solar caindo sobre a minha casa. O fim do mundo. Um raio caiu tão perto, mas tão perto, que devia ter destruído a casa ao lado. Pobre Sr.Nelson! Fiquei com dó dele. Sem casa, sem abrigo, sem ninguém...Isso se ele tivesse sobrevivido! Pobre homem! Imaginei ele todo queimado, um pão com manteiga que passara do ponto na torradeira.
Isso me deu fome. Estava com tanta fome, que poderia comer um boi sozinha! Não um boi apenas, mas também vinte litros de refrigerante, dois litros de leite condensado com quinze caixas de morangos bem fresquinhos.
Imagine-me uma baleia. Uma orca. Sairia na rua e as pessoas diriam: "Sancho Pança! Quanto tempo! Como vai o Dom Quixote?", ou melhor, "E aí, Free Willy, tudo beleza?". Perguntariam se eu estava grávida dos "101 Dálmatas", ou se eu teria sido o balão Zepelim. As crianças, extasiadas: "Mamãe! Olha! O "Titanic está aqui no mercado!", ou quem sabe, "Papai! Olha! Júpiter está aqui na Terra!".
Todos ficariam incomodados comigo, e me matariam. Depois, assariam-me, e o Governo distribuiria aos pobres do país todo, a carne mais nutritiva e gorda de todo Universo.
Pensando desta forma, até que seria uma ótima idéia, eu ajudaria a acabar com a fome no Brasil. Dominada pela solidariedade, saí do banho e deitei-me na cama. Minha cabeça estava tão cheia de idéias, que afundou no colchão e quase fico de ponta cabeça. Mas não importa. Nada mais importa, além das pessoas famintas e sedentas que, a partir de agora, iria ajudar.
Resolvi colocar tudo no papel, nos mínimos detalhes e proporções, para que depois ninguém pense que estou exagerando.


Por Mirabelle

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Ausência

As pálpebras, que durante um longo tempo permaneceram seladas, ergueram-se lentamente, revelando a profunda dor e o peso que aquele gesto carregava.
Levantei-me da cama e deixei para trás o lençol quadriculado, uma combinação de bege e azul claro, acentuando o fundo de um branco encardido e respingado de gotículas de suor, que por ora, penetravam e escureciam cada vez mais o tecido amarrotado sobre o colchão velho de casal.
Ainda atormentada, fui cambaleando até o banheiro da suite, apoiei-me na pia branca do cômodo e pus-me a observar: fios ruivos de cabelo estavam por toda parte, os lenços de papel umidecidos já enchiam o pequeno cesto de lixo, a torneira pingando incessantemente e poças de água umidecendo-me os pés frios, brancos, que contrastavam com o vermelho das minhas unhas mal feitas. Nada disso era novidade. Nos últimos dias, passava horas e horas locomovendo-me entre a cama e o banheiro. O banheiro e a cama. O refúgio. As lágrimas. Emergência. Saída.
Mechas ruivas roçaram meu rosto pálido e sem vida, o sangue fugia-me do corpo, corria num frenezi pelas minhas veias e se diluía em algo desconhecido, que sugava cada vez mais os segundos restantes de minha vida. Com a ponta dos dedos, decorados também com o vermelho-sangue, arrumei as mechas que caiam sem parar. Com a cabeça abaixada e o queixo rente ao peito, senti uma nova e violenta onda de angústia invadir-me por dentro, e antes que pudesse fazer algo, ou até pensar em fazê-lo, fui dominada por aquela sensação arrebatadora, que tinha cessado há minutos atrás, e recomecei a chorar.
Fiquei olhando fixamente para o ralo da pia. De vez em quando, pensava em levantar a cabeça, mas não, seria demais. A ideia de encarar-me no espelho fez com que um arrepio percorresse o meu corpo. Fitei por alguns instantes minhas próprias mãos: os calos, as marcas...meus pés pequenos e gorduchos...e o quanto estava fraca e vulnerável. O gosto forte e amargo de café expresso misturava-se com o agridoce de minhas lágrimas, que não paravam de escorrer, como a água da chuva descendo ladeira abaixo. Meu corpo tremia, e naquele mesmo instante eu soube do que precisava: um drinque.
Fui ao pequeno cubículo que havia dentro do meu quarto, abri a primeira gaveta pesada da cômoda envernizada e lá estavam elas: duas garrafas camufladas em meio a várias peças de roupa. A primeira, mais gorduchinha e redonda, continha um líquido verde escuro vivo que reluzia à luz e mostrava somente um quinto da garrafa; a outra ao lado, era comprida e fina, também possuía um líquido verde, mas de uma tonalidade bem mais clara, contendo ainda quatro quintos do liquido aparentemente suave. Licor e Absinto. Combinação perfeita. Na outra extremidade da gaveta, havia um copo. Já deixava tudo preparado caso precisasse de um drinque. Peguei a bebida e instantaneamente levei-a até a boca. Meus lábios secos sorviam com voracidade aquele líquido, que ia queimando rapidamente a língua e esquentando o meu corpo. O cheiro era forte. Aproximei minhas narinas do copo e como um baque, fui invadida pelo odor de álcool que a bebida exalava. Minha cabeça girou, senti-me um pouco zonza e apoiei-me na parede. Fiquei dominada pela sensação anuviada durante alguns instantes, depois abaixei a cabeça e percebi que o copo estava vazio. Completei-o novamente. As lágrimas pararam, e agora já não sentia tanta dor. Anestesia. Deitei-me na cama e voltei a face para a luz, ela ofuscava meus olhos castanhos, e naquela hora, achei que ficaria cega.
Desviei lentamente o olhar para a janela. Lá fora chovia. O céu estava negro, sem estrelas. Do jeito que eu gostava, um negrume completo. A solidão.
Na sala, fora do meu universo particular, meu pai assistia "TV".
"Está passando aquele filme da borboleta que você gosta", havia falado. Efeito Borboleta. Já havia assistido inúmeras vezes, até assistiria de novo, se não estivesse no encontro com o meu purgatório interior.
"Hoje não, pai. Vou dormir". Não, não dormi. Sentei na beirada da cama e tomei outro longo gole da mistura alcoólica verde. Senti o pulsar das veias. O bater do coração. Pensei automaticamente nele. É, ele. Ele que mesmo depois de quase um ano, a completar nesse mês, ainda invadia-me os pensamentos. Ele. Minha cruz, que devia carregar aonde quer que eu fosse. Nos momentos felizes e tristes, ele estava lá, cotucando a ferida ainda aberta, não deixando que ela cicatrizasse. Ele. Que me matava aos poucos, mesmo não cravando um punhal em meu peito, o que certamente, seria uma boa ideia, menos dolorosa...

Por Mirabelle

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

T.E.R.R.A

...hmm!
Esse cheiro forte de terra molhada...lembra-me certas coisas, que há tempos, tenho saudade...
Rebeca. Ainda acho que tem uma parte dela em mim, mesmo que não seja tão visível como antes. O instinto. Insônia.
Há tempos, que não passo noites em claro, não como há um ano atras...um ano...quanto tempo!
E parece que foi ontem que tudo aconteceu. Lágrimas. Duas vidas e dois destinos desviados de seu percurso. Natural.
É estranho, mais sinto falta da adrenalina que outrora corria em minhas veias. Loucura. Aquela ânsia por palavras, escrever e escrever, freneticamente. O tempo não pára.
Vez ou outra, Rebeca faz uma aparição, preenche cada vazio do meu corpo e derrama todo o sentimentalismo oculto em pensamentos, textos aleatórios que sempre ficam presos na prancheta no canto da escrivaninha. Esperança.
Aquela vida de notívaga, sonhadora e pescadora de ilusões foi dobrada, amarrada e jogada dentro de um saco preto. Colocada e esquecida no fundo de um baú. Passado.
Um ano. Um 2007 estraçalhado. Um 2008 esperançoso...e triste. Melancólico.
Já é primavera, os ypês tomam conta das calçadas, ruas e avenidas, espalhando a beleza de suas cores (roxo, amarelo e rosa) e irradiando alegria por toda a cidade. Uma beleza que eu não mereço. Uma beleza que contrasta com a minha podridão.

Outubro...um mês que será marcado para sempre, por diversos motivos.
Um mês, em que destrui um laço, fiz uma promessa, tomei uma decisão, e mudei não só a minha vida, como a de mas algumas pessoas.

E tudo isso aconteceu, há um ano atras...

...terra...hmm!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

CPFL Cultura, Sangue Negro e Outros Causos

Vamos começar do começo, claro.

Ontem foi um dia incomum.
Logo pela manhã: Menstruação (okay, eu não sou delicada). Ótimo, ótimo.
Café amargo com torradas lights, muita água, muita dor...pouco amor.
Funcionária da loja pede demissão: - Vai tarde! Ande pela sombra e cuidado para não tropeçar no orgulho, viu?
Corre-corre. Vuco-vuco.
Desce escada, sobe escada, loja, escritório.
Campainha, cliente, telefone, cliente, portão automático, cliente, e-mails, cliente [...]
Tomei um remédio bem, mais bem forte mesmo pra dor de cabeça (juro que desta vez foi só um comprimido!)
Tudo pronto para o livro? Não! Falta a sinopse!
Lá vai eu: -Márcio, estou sem idéia...me ajuda com a sinopse? ( ele já havia feito a carta de apresentação do livro). Ele fez a sinopse inteira.
Tudo lindo, perfeito, maravilhoso...o currículo. Oque? Precisa ter um currículo?
Que raio eu coloco no currículo?

"Até o momento sou uma escritora amadora e não tenho nenhuma experiência profissional direta com a escrita, já participei de alguns concursos, escrevo em alguns blogs e divulgo meu trabalho em alguns sites que abrem espaço para novos escritores.
Tenho um grande acervo de poemas, contos e crônicas em andamento e tenho interesse em aperfeiçoar os meus trabalhos e divulgá-los em meio impresso".
Droga de currículo.
Aí cai a internet, começa a ficar calor, minha cólica fica atacada...
Tarde.
Começa a ficar tarde...fobia. Quero ir embora.
Vou pra casa: Bota, calça preta, blusinha bordo.
Brinco de ouro com pedra de ametista, correntinha de ouro com pingente de estrela, presilha roxa de borboleta nos cabelos (ruivos!).
Lápis preto nos olhos, rimel....batom? Não, sem batom.
-Mãe, libera eu e a Diomar (gerente da empresa)?
-Vai Tamires, vai...
Entramos no carro e voamos.
Incrivelmente fomos até a CPFL Cultura sem errar o caminho.
Caos. Transito. Pedestres. Automóveis.


(continuo em breve)



sexta-feira, 25 de julho de 2008

Nada melhor do que uma boa metáfora...

Era para isto ser uma poesia. Uma linda poesia...
Mas não consigo. Não hoje, não agora...
Sabe, eu queria. Queria escrever algo bonito, algo que pudesse tocar o teu coração.
Mas não hoje. Hoje não...
Sinto-me vazia. Como se toda energia, que outrora vivia dentro de mim, tivesse escorrido rumo ao ralo.
Sabe quando voce esta lavando as mãos, e tira o anel? (uma metáfora, vamos lá!)Então, é basicamente isso. Como se eu tivesse deixado a energia num canto da pia, e de repente -como um anel- ela escorrega da minha mão e desliza agilmente em direção ao ralo. Nesta hora bate um desespero. As mãos procuram rapidamente impedir que o anel - energia- chegue ao seu triste fim: o ralo. O pior de tudo é quando não conseguimos. Quando olhamos para o ralo da pia e não vemos nada além de fios de cabelo condenados, um restinho de creme dental e alguns pedaços de sabonete derretido. É triste. Tentamos -quase sempre em vão- pegar um arame -ou qualquer outra coisa do gênero- para recuperar o que literalmente desceu pelo ralo. Mas nada. Tudo em vão. Então, sentimos um vazio dentro do peito, olhamos para a mão -onde antes existia o tal anel, ou pra dentro de nós mesmos, onde existia a energia, enfim- e notamos que esta faltando algo. Algo que, talvez, nunca mais teremos. Podemos ir numa relojoaria, claro! Comprar outro anel pra tentar suprir a falta que o outro faz. Mas não, não será a mesma coisa, não o mesmo anel -ahn, ou energia, ela nunca será a mesma.

Nada é insubstituível, porém, cada coisa/pessoa é única, e tem seu exclusivo valor.

terça-feira, 22 de julho de 2008

My Eyes


"Olha nos meus olhos, esquece o que passou,
aqui neste momento,
silêncio e sentimento"

terça-feira, 15 de julho de 2008

Um brinde, um viva, uma lágrima.


Um brinde: - Mais absinto, por favor!

-


Um viva: - Aos 18!

-

Uma lágrima: - O tempo passa e os números mudam...


-

sábado, 5 de julho de 2008

Biscoito



Só porque não entendem que eh MIRABELLE e não MIRABEL
(ta, se fala mirabel....mais não é bisssccooiitttooo)
iauhgaiuahiha


Ps: Em homenagem ao meu Papi, que me chama de Biscoitão
auihahiahaiua

domingo, 8 de junho de 2008

sábado, 17 de maio de 2008

FOME

Chá Mate de acerola com laranja, bolacha de água e sal com goiabada.
Meu sábado a noite se resume nisto.

Talvez leia mais algumas páginas de Bala na Agulha. Talvez.
Talvez estude matemática e métodos e ferramentas de melhoria. Talvez?
Talvez deite na cama e afunde na espuma e suma para sempre.Talvez...

O último gole de chá foi tomado, o líquido quente percorre caminhos pelo meu corpo. Esquenta.
O pacote de bolacha já está no fim...a última é sempre a mais gostosa.
A gula digeriu dois terços de goiabada, o restante me olha como se estivesse gritando: coma-me!
Mas eu não como. Não posso. Não devo. Não quero (tá, eu quero, mas as demais justificativas me prendem...).

Porque tenho a sensação de não ter nada para fazer, quando coisa para fazer é o que não falta?
A sensação de fome, quando acabo de comer que nem uma leitoa pronta para o abate (linda comparação!)?
A estranha sensação de frio cortante, depois de um banho fervendo?
De ter dormido uma fração de segundos, quando na verdade foram dois dias?

Talvez, talvez...seja este século 21. As buzinas do outro lado da avenida. Buzina. Os passos apressados no corredor. Passos. Os gritos ecoando pelas paredes. Gritos. A fome se espalhando pelo corpo. Fome.
Ruído.Barulho. Pressa.
Fome.
Come.
Fome...come.
Come...COMO?

sábado, 3 de maio de 2008

Cien Años de Soledad


Clique na imagem para melhor visualização da árvore genealógica dos Buendía
;)
Referente ao livro do Gabriel García Márquez "Cien Años de Soledad" - Original.

sábado, 26 de abril de 2008

Billie Jean









E eu disse:-Baby, porque estás pousado no meu jeans?

Ele responde:-Honey, tu és minha Billie Jean.

Eu penso:- Oh My God! Este deve ser mais um daqueles mosquitos-doidão, que conseguimos pegar com a mão...
Ele pensa:-Oh, shit! Não pode acontecer, será em vão...ela não é minha amante, e o garoto-mosquito não será meu filho não..
.


Moral: As pessoas sempre me
disseram:-"Cuidado com o que faz" e "Não saia aí quebrando corações de jovem garotas" e "Tome cuidado porque a mentira pode se tornar verdade"...

MCHAEL JACKSON - BILLIE JEAN
VERSÃO ADAPTADA POR MIM :D

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Impressões





Ando sem rumo na rua,
Mas meus pés sabem aonde me levar.
Tomo banho de chuva, nua,
A água há de me purificar.













Através de olhares curiosos,
Vou seguindo pelo meio-fio.
Olhares que julgo culposos,
Tornando o tempo quente, frio.









Dialogando com o eco
E bailando com o vento,
Nada se compara com meu ego,
Que eleva-se mais a cada momento.



Nunca havia provado a tal da liberdade,
Quero sair para conhecer o mundo!
Absorver com veracidade a pluralidade,
Lançar-me num infinito profundo!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Não me lembro...


Um Branco, Um Xis, Um Zero

Cássia Eller

Composição: Marisa Monte/Arnaldo Antunes/Pepeu Gomes

Você partiu e me deixou Sem lamentar o que passou Sem me apegar ao que apagou e acabou Não me lembro bem da sua cara Qual a cor dos olhos, já nem sei Só o cheiro do seu cheiro Não quer me deixar mais em paz Nos ares dos lugares Onde passo e onde nunca estás Você partiu e não voltou Eu já esqueci o que me falou Se prometeu ou se jurou seu amor Já não me recordo mais seu nome Quais os outros nomes que te dei Só o cheiro do seu cheiro Não consegue ser tão fugaz Nas pessoas, peles, colos Sexo, bocas, onde nunca estás Não me lembro bem da sua cara Qual a cor dos olhos, já nem sei, (já nem sei) Já não me recordo mais seu nome Quais os outros nomes que te dei Só o cheiro do seu cheiro Não consegue ser tão fugaz Nas pessoas, peles, colos Sexo, bocas, onde nunca estás Você partiu e foi melhor E eu já me esqueci de cor Do som, do ar, do tom, da voz e de nós Já passei um pano um branco, um zero, um xis Um traço, um tempo, já passei Só o cheiro do seu cheiro Não consigo deixar para trás Impregnado o dia inteiro Nessa roupa que eu não tiro mais

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Sour Lip


Caso Sério

Rita Lee

Composição: Indisponível

Eu!
Fico pensando em nós dois
Cada um na sua
Perdidos na cidade nua
Empapuçados de amor
Numa noite de verão
Ai! Que coisa boa
À meia-luz, à sós, à tôa...

Você e eu somos um
Caso Sério
Ao som de um bolero
Dose dupla
Românticos de Cuba
Libre!
Misto-quente
Sanduíche de gente....

Eu!
Fico pensando em nós dois
Cada um na sua
Perdidos na cidade nua
Empapuçados de amor
Numa noite de verão
Ai! Que coisa boa
À meia-luz, à sós, à tôa...

Você e eu somos um
Caso Sério
Ao som de um bolero
Dose dupla
Românticos de Cuba
Libre!
Misto-quente
(Quente! Quente! Quente!)
Sanduíche de gente....

Você e eu somos um
Caso Sério
Ao som de um bolero
Dose dupla
Românticos de Cuba
Libre!
Misto-quente
(Quente!)
Sanduíche de gente....

domingo, 30 de março de 2008

Foto Espontanea: Por Kira




















Agora só falta você

Rita Lee

Composição: Rita Lee

Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto a você

E em tudo que eu faço
Existe um porquê

Eu sei que eu nasci
Sei que eu nasci pra saber

E fui andando sem pensar em voltar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra lhe dizer que aquele sonho cresceu

No ar que eu respiro, uu
Eu sinto prazer

De ser quem eu sou
De estar onde estou

Agora só falta você, iê, iê
Agora só falta você, aaa...
Agora só falta você, iê, iê
Agora só falta você, au!

domingo, 23 de março de 2008

quinta-feira, 20 de março de 2008

domingo, 9 de março de 2008

Iridologia


Relatório da Consulta:

-Inflamação nos dois ovários;
-Tireóide
-Sinusite
-Memória fraca
-Dificuldade para aprendizado
-Auto-Estima baixo
-Estresse
-Estômago ruim

(E outras coisas das quais não me lembro)


Veredicto:

Não posso:

-Carnes gordas;
-Camarão;
-Caldo de cana;
-Casca de maçã, pera e tomate;
-Chocolate;
-Caldo kinor, sazon;
-Sucos de abacaxi, morango, laranja, maracujá;
-Sucos em pó em geral;
-Salsicha;
-Salame;
-Leite integral;
-Queijo branco;
-Pimenta;
-Presunto;
-Pele de frango;
-Katchup;
-Vinagre;
-Bolacha recheada;
-Banana nanica;
-Bebidas alcoólicas;
-Frituras;
-Açúcar refinado;
-Ovos fritos;
-Peixe frito;
-Alho crú;
-Não tomar nada líquido durante as refeições;
-Não misturar macarronada com arroz.

Preciso:

-Tomar suco de limão todos os dias (menos quando estiver menstruada);
-Sucos: Limão, acerola, caju, melão, melancia, mamão, manga, goiaba e uva;
-Frutas: Acerola, melão, melancia, mamão, manga, goiaba e uva;
-Iogurte todos os dias;
-Água de coco.

-Lavar a cabeça só 1 vez por semana, na parte da manhã;
-Evitar cheiros fortes (como produtos de limpeza);
-Evitar animais de pelos;
-Poeira;
-Fumaça de carvão e cigarro.


Remédio:

(ela me deu uma garrafa de 2 litros cheia de um liquido de cor escura, e uma garrafinha menor de 800 ml de um liquido transparente, e um vidro de óleo pro corpo)

Da garrafona:

-Tomar um cálice 3x ao dia.

Da garrafinha:

-Tomar um cálice 1x ao dia.

Do vidro:

-Pingar 3/4 gotas em cada narina, 1x por dia;
-Pingar 3/4 gotas na testa, e massagear.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Sour Time

-


É uma vil questão: sim ou não?
É uma verdade sem saída: eu amo beber ou eu amo a bebida?
É uma vaidade em vão: comer mais salada ou deixar de comer pão?
É uma velocidade medida: correr para a morte ou parar a vida?


-

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Esta Noite


Não quero que voce vá. Não esta noite.

Os vidros estão embaçados.
Lá fora chove granizo. Lá fora está muito frio.
Por fora estou congelando.
Por dentro, estou derretendo.

A música começa a tocar.
Nossas vidas vão se distanciando...
A chuva pára.

E tudo corre como em uma peça teatral.
Uma mistura de drama com comédia.
Coisas que acontecem e nos surpreendem,
E poucos instantes depois,
Nos fazem rir juntos.

Eu sinto a sua falta.
Eu sei, nada foi justo.

Talvez estejamos perdendo tempo.
Talvez seja melhor deixar tudo como está.
Talvez estejamos loucos. Muito loucos.
Loucos ao ponto de deixar tudo em apuros.
Loucos, a ponto de por tudo a perder.
Loucos. Ahh! Loucos!
Ao ponto de negarmos o laço que existe ente nós.

A chuva recomeça,
E com ela, a esperança de um dia,
Voce voltar...

Mas não esta noite.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Kiss Me (tradução)

Sixpence None The Richer


Beije-Me

Beije-me longe da moita de cevada
Todas as noites junto à verde, verde grama
Balance, balance, balance o degrau giratório
Use aqueles sapatos e eu usarei aquele vestido

Beije-me sob o crepúsculo leitoso
Leve-me para fora, no solo enluarado
Levante sua mão aberta
Toque uma música e faça os vagalumes dançarem
A lua prateada está cintilante

Então, beije-me

Beije-me ao lado da casinha na árvore quebrada
Balance-me alto no seu pneu pendurado
Traga, traga, traga seu chapéu florido
Nós tomaremos o caminho marcado no mapa do seu pai

Beije-me sob o crepúsculo leitoso
Leve-me para fora, no solo enluarado
Levante sua mão aberta
Toque uma música e faça os vagalumes dançarem
A lua prateada está cintilante

Então, beije-me

Beije-me sob o crepúsculo leitoso
Leve-me para fora, no solo enluarado
Levante sua mão aberta
dance Acione a banda de
dançar e faça os vagalumes dançarem
A lua prateada está cintilante

Então, beije-me

Então, beije-me