terça-feira, 7 de agosto de 2012

Love, love, love...

Here Without You

3Doors Down

A hundred days have made me older
Since the last time that I saw your pretty face
A thousand lies have made me colder
And I don't think I can look at this the same
But all the miles that separate
They disappear now when I'm dreaming of your face

I'm here without you baby
But you're still on my lonely mind
I think about you baby
And I dream about you all the time
I'm here without you baby
But you're still with me in my dreams
And tonight, it's only you and me

The miles just keep rolling
Is the people leave a way to say hello
I've heard this life is overrated
But I hope that it gets better as be we go

I'm here without you baby
But you're still on my lonely mind
I think about you baby
And I dream about you all the time
I'm here without you baby
But you're still with me in my dreams
And tonight girl, it's only you and me

Everything I know, and anywhere I go
it gets hard but it won't take away my love
And when the last one falls, when it's all said and done
it gets hard but it won't take away my love

I'm here without you baby
But you're still on my lonely mind
I think about you baby
And I dream about you all the time
I'm here without you baby
But you're still with me in my dreams
And tonight girl, it's only you and me

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Something...

Something

The Beatles

Something in the way she moves
Attracts me like no other lover
Something in the way she woos me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

Somewhere in her smile she knows
That I don't need no other lover
Something in her style that shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

You're asking me will my love grow
I don't know, I don't know
You stick around now it may show
I don't know, I don't know

Something in the way she knows
And all I have to do is think of her
Something in the things she shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dai-me força!

Queria ser um pouco Antígona,
Mas um pouco eu já sou.
Queria ser Antígona por inteiro,
E acabar de vez com o que sobrou.
(Tamires L. Assis)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Você não tem medo de mim...

Medo de Amar
Adriana Calcanhotto


Você diz que eu te assusto
Você diz que eu te desvio
Também diz que eu sou um bruto
E me chama de vadio

Você diz que eu te desprezo
Que eu me comporto muito mal
Também diz que eu nunca rezo
Ainda me chama de animal

Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer...

Você diz que eu sou demente
Que eu não tenho salvação
Você diz que eu simplesmente
Sou carente de razão
Você diz que eu te envergonho

Também diz que eu sou cruel
Que no teatro do teu sonho
Para mim não tem papel

Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer...
...me amar!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Dialogismo: de um gênero ao outro

Minha resenha acerca do texto "Dialogismo cultural e textual", de Robert Stam - Solicitada pelo professor Sírio Possenti, para a disciplina HL323, Letras - Unicamp.


 O texto “Dialogismo cultural e textual” explora e desenvolve a ideia central do pensamento bakhtiniano quanto ao dialogismo, bem como aponta as reflexões e utilizações no campo cultural e textual discriminadas pelo autor. Stam define dialogismo a partir de certos conceitos de Bakhtin, pois tal palavra é rica filosofica e literariamente, bem como bastante polissêmica, ou seja, permite agregar e relacionar diversos significados. Sendo assim, parte do pressuposto que dialogismo é a relação necessária entre um enunciado e outros enunciados, um diálogo social que interage com o “dito já dito”, obtendo-se desta forma um leque de aplicações geradas por todas as práticas discursivas de uma cultura, sendo ela cotidiana, letrada, analfabeta, elitista, popular, verbal ou não-verbal.
  Em sua análise, Stam apresenta o poema-canção “Língua”, de Caetano Veloso, que evidentemente comporta traços de metacomunicação (coincidência e simultaneidade de comunicação verbal e não-verbal), bem como deixa explícito o seu caráter dialógico, tanto no aspecto musical quanto literário, pois mescla duas culturas e mostra a ligação entre Brasil e América do Norte, na qual cada uma conserva sua essência e, ao mesmo tempo, se enriquecem reciprocramente. Este aspecto transcultural e híbrido torna o samba-rap de Caetano rico em interação e entretenimento, pois dialoga diretamente com o leitor/ouvinte, que depara-se diante a uma interessante versão “de rua” das teorias bakhtinianas sobre o dialogismo.


terça-feira, 8 de maio de 2012

Antígona - Sófocles





Segue abaixo minhas anotações acerca de "Antígona", a tragédia grega de Sófocles.



    Mesmo depois de dois mil e quinhentos anos, as questões apresentadas pela obra Antígona transcendem a temporalidade da época de sua criação e continuam sendo discutidas nos dias de hoje, pois seu conteúdo crítico implícito remete ao dilema paradoxal entre o direito natural, de cunho divino(OIKOS), metafísico, e o direito positivo, legislado, que é advindo do homem(PÓLIS). A tragédia grega abre espaço para uma vasta reflexão acerca daquilo que é moral, legal e justo, permitindo que o leitor se questione quanto a rivalidade existente entre justiça e lei, se realmente existe um direito de natureza divina que transcende a lógica do direito positivo e até que ponto o dever de um indivíduo para com a sua família se põe contra o seu dever para com o estado, deixando os elos da sociedade civil em oposição àqueles do estado político.

    Dentre as tensões latentes presentes na sociedade grega, Sófocles problematiza, dramatiza e discute, em Antígona, temas como religião, política, moral, direito, diferenças entre gênero e perfis psicológicos, sendo estes os principais conflitos encontrados nesta exposição. Com relação ao gênero,  Antígona e Creonte personificam, respectivamente, as ideias da irracionalidade, subjetividade e das ações carregadas de sentimentos movidos pelo emocional, versus as ideias de razão, falta de viveza e objetividade. Antígona é uma mulher de força que representa o notável papel da figura feminina, vai contra o estereótipo: desafia o rei e vai contra as leis estipuladas pelo poder, atraindo sobre si a cólera do irmão morto, enterrando-o a contra gosto do tirano, não agindo em nome da sua vontade pessoal, mas da suposta vontade geral dos cidadãos, da pátria; ao final, tem uma morte bela, que viverá sempre na lembrança, trazendo a gloria heróica, pois só assim, com o seu próprio sacrifício, restitui a paz a cidade de Tebas. Creonte representa o poder estabelecido, e todas as suas atitudes são meticulosamente pensadas e tomadas visando a manutenção deste poder; é um déspota, movido pelo autoritarismo e pela ganância. Ao final da obra, nota-se que ambos aprendem que é necessário ser comedido, agir com parcimonia, diligenciando um meio termo entre os extremos de atuações conflitantes.

   Fruto do envolvimento amoroso e sexual com Jocasta, sua mãe biológica, e do assassinato de seu pai biológico Laio, a maldição rogada em Édipo Rei continua mesmo após a sua morte, recaindo sobre seus quatro filhos: Ismênia, Antígona, Polinices e Etéocles. Como as mulheres não tinham direito ao trono, Polinices e Etéocles o disputam para suceder o pai, disputa esta que acaba em morte de ambos: Polinices é expulso da cidade pelo irmão, depois de determinado tempo junta-se ao rei de Argos e ataca Tebas para tomar o poder de Etéocles. Até então rei, Eteócles defende a cidade com unhas e dentes, morrendo como o herói que defendeu sua pátria, ao contrario de Polinices, que foi considerado um traidor por ir contra o seu próprio povo. Após a morte dos dois herdeiros, Creonte, irmão de Jocasta e tio de Antígona, assume o poder com o intuito de restaurar o que sobrou de Tebas, e rapidamente começa a criar leis e regras na sociedade grega. Dentre as leis criadas, Creonte decreta que Polinices, por ter invadido sua cidade natal e ter se voltado contra os seus semelhantes, não devia ser sepultado, nem ser submetido aos rituais fúnebres, ficando exposto para que as aves carniceiras se encarregassem do seu corpo. Proclamou também que ficava expressamente proibido qualquer cidadão tebano enterrar o tal corpo, e aquele que ousasse transgredir sua determinação seria apenado com a morte. Em contrapartida, promoveu um funeral de honra para Etéocles, que lutou bravamente em defesa de Tebas e morreu como um herói para salvar seu povo.

   Para entender o porque deste decreto, deve-se valer a ideia de que, segundo a tradição para os tebanos, somente por meio das honras fúnebres e do sepultamento é que se daria a transição adequada ao mundo dos mortos; para o povo grego, essa ligação com com o divino era fundamental, e a quebra destas tradições fúnebres implicaria na impossibilidade de diálogo com os Deuses. Então, como forma de punir Polinices, mesmo morto, e mostrar seu poder perante o povo tebano, Creonte cria esta lei que é fruto da sua autoridade, tirania, que pouco a pouco vai se transformando em loucura. É passível de comentário que, logo no começo da tragédia, Creonte deixa de lado os laços familiares e assume o posto do tirano, do detentor do poder, do Estado, ao punir Polinices, pois de qualquer forma eles eram unidos pelo sangue, sendo tio e sobrinho, e mesmo assim não impediu que tal castigo procedesse, uma vez que Creonte representa a lei dos homens, a lei que põe o poder acima da ideia de família.

    Inconformada com o fato de seu irmão permanecer insepulto, Antígona recai sobre si mesma e planeja dar um destino mais digno a Polinices, que já havia pedido a irmã que, se caso morresse antes, queria que ela se encarregasse de todos os rituais fúnebres e de seu sepultamento. Decide então dividir sua trama com sua irmã, Ismênia, que mesmo desprezando as leis impostas por Creonte, o teme, e se diz incapaz de suportar a pena cominada ao descumprimento da mesma, preferindo não se envolver no crime e se colocando como cúmplice ao saber do esquema, mesmo não participando. Antígona então vê-se diante a um dilema: submeter-se à lei do soberano, injusta e desigual, ou sujeitar-se às iras impostas pela transgressão, dando finalmente a Polinices o que ele pedira: honras fúnebres e um sepultamento. Sozinha, decide lutar pelos seus direitos, pelos de seu irmão e da sua família, firmando-se na ideia de que as leis dos Deuses não estão escritas, logo, são eternas.

     Quando descoberta, Antígona atrai a ira de Creonte para si. Revoltado com a displicência desta para suas leis e seu claro decreto que proibia o sepultamento do corpo de Polinices, Creonte, sendo tirano, imediatamente ordena que busquem Antígona e tragam até ele. Diante a acusação, Antígona assume que sepultou Polinices e questiona as atitudes do tio, que é inflexivel diante as reclamações expostas. Ao dizer que “nasceu para amar”, frase que exemplifica o ato exercido em prol do irmão morto e, até então insepulto, Antígona expressa toda a sua força e vontade em fazer justiça, de apoderar-se do divino para seguir sua vida da forma que julga adequada, sacrificando-se pelo irmão e vingando-o, mesmo sabendo que o seu fim era certo; Creonte a responde: “vá amar os mortos”, o que deixa claro o desdém do tio para com a sobrinha, mostrando sua indiferença com os sentimentos e laços afetivos e familiares, transparecendo que se preocupa apenas com as suas leis e as suas “justiças”, ou seja, com a morte de Antígona por ter desafiado o Estado. Ismênia, que não participou do sepultamento “ilegal” de Polinices, apenas guardou para si o ato que a irmã lhe confidencio, foi levada até Creonte com a suposição de que estaria envolvida no crime, mas depois foi liberada do castigo ficando apenas Antígona sobre os poderes de Creonte.

   A figura de Hemon, filho de Creonte e primo de Antígona, é importante na medida em que ele é noivo da protagonista, entrando em cena para desafiar o próprio pai, e então Rei, pedindo para que este não execute sua amada. Hemon, quando percebe a falta de sabedoria do pai, partindo da ideia que espera-se de um rei a sabedoria para reinar, se revolta e expõe sua verdadeira intenção, que é seduzi-lo para o lado dele, o mesmo lado de Antígona, dizendo para seu pai que “aquele que tem ‘jogo de cintura’ é que consegue reinar”, pois mantém o equilíbrio entre a lei dos homens e a lei dos Deuses. A questão da idade e experiência entre Hemon e Creonte é interessante, pois mostra que esta relação entre pai e filho é invertida, uma vez que o filho, cidadão, diz ao pai, rei, o que deve ser feito, dá conselhos e o guia para o melhor caminho, e quando não há o cumprimento do que é dito, vem a bronca, a revolta, o desgosto. Mas, como todo bom tirano, Creonte não ouve o filho e prossegue com seu plano inicial: enterrar Antígona viva.

    Em meio ao caos no qual se encontra Tebas, devido a lei estabelecida por Creonte, uma poluição e infertilidade impede que a sociedade “siga em frente”; falta ordem no relacionamento com as pessoas e com os Deuses. Acefalia do Estado. A ruptura do equilíbrio dá-se no momento em que Creonte, ao não se flexibilizar perante os interesses de Antígona, sente-se ameaçado e quer provar seu poder tirano: decreta pena de morte e a mantém em uma caverna até que esta morra. Eis que aparece um personagem fundamental para a trama: Tirésias, vidente/sacerdote masculino, que tem autoridade o suficiente para proferir suas advinhações e ser ouvido por Creonte. Tirésias descreve e mostra o que está acontecendo, o caos que assola Tebas, e diz para Creonte que a forma dele se manter no poder e não se prejudicar com a maldição, é voltando atrás na sua decisão, impedindo que Antígona morra e que mais tragédias aconteçam. Depois de achar que o Tirésias está tentando controlá-lo, manipulá-lo para o seu próprio interesse, Creonte se convence a anular a sentença de morte de Antígona, pois fica temeroso de que algo muito ruim aconteça, uma vez que Tirésias é um bom adivinho e sempre se cumprem suas profecias. Mas infelizmente o que foi não volta mais: Antígona morre, acabando com as últimas esperanças de Creonte em salvar-se das profecias.

    Tem-se neste momento a caracterização da peripécia: quando ele se convence de que não se deve matar Antígona, tudo está acontecendo, ele tenta impedir mas não obtém sucesso: e tanto ela quanto seu filho, Hemon, morrem. Ao morrer, Antígona restitui a paz em Tebas, e unidos pelo sangue na vida e na morte, sendo primos e também amantes, ela e Hemon tornam-se um só corpo. A representação das núpcias em vida são substituidas pelo “corpo sobre corpo” na morte, uma vez que Hemon vai até sua amada e se mata, deixando o seu corpo cair sobre o dela. Deixa-se de enterrar os mortos para enterrar os vivos. Quando a notícia chega a Creonte, mais confusão se instaura em Tebas: ao descobrir que seu filho morreu, Eurídice fica desolada e se mata. Quando o mensageiro chega com a terrível notícia deste duplo suicídio familiar, mãe e filho, Creonte vê que tudo aquilo que o vidente Tirésias tinha dito para ele tinha se materializado.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Eu não moro mais em mim...


Metade
Adriana Calcanhotto

Eu perco o chão
Eu não acho as palavras
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala
Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim...

Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos
Eu estou ao meio
Onde será
Que você está agora?...(2x)

Eu perco o chão
Eu não acho as palavras
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala
Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim...

Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos
Eu estou ao meio
Onde será
Que você está agora?...(2x)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

De cara nova!

Agora o blog "Pensamentos de uma Notívaga" está de cara nova!
Espero que em breve consiga postar mais coisas, pois faz tempo que quero deixar o site atualizado, porém, devido ao vuco-vuco dos ultimos tempos, não tenho me dedicado muito a isso ;(
Vamos tentar mudar? Vamos!


sábado, 31 de março de 2012

Você é assim...


 Velha Infância
(Tribalistas)


Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito...

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...

E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...

Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só...

Você é assim
Um sonho pra mim
Quero te encher de beijos
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito...

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...

E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...

Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só...

Você é assim
Um sonho pra mim
Você é assim...
Você é assim...
Você é assim...

-"Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Penso em você
Desde o amanhecer
Até quando me deito
Eu gosto de você
Eu gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor"

terça-feira, 13 de março de 2012

Quando escolhas devem ser feitas...

...não há o que questionar.

Sempre haverá um momento em nossas vidas que teremos que optar pelo certo ou errado, pela direita ou esqueda, por esquecer ou recordar, por prender ou deixar livre, pelo caminho mais fácil ou o melhor para quem se ama(geralmente o mais difícil). 
Nestes momentos, não há muito o que fazer: deixe estar. Deixe que os ventos soprem a direção, pois não há outra saída a não ser a de encarar de frente o problema. Desconfio que, escolhas feitas ou não, justas ou corretas, sempre sofreremos um pouco, mas também sempre terá algo de belo no nosso gesto.

Um dos maiores exercícios é não deixar que o egocentrismo da nossa infância floresça na vida adulta. Entender que você não é o centro do Universo, que as pessoas têm gostos, pensamentos e atitudes diferentes das suas, e que estas não são erradas ou menos interessantes, mas sim peculiares, particulares daqueles que a possuem. Deixar de pensar somente em si próprio para aprender a compartilhar, a ajudar o próximo(não só os que estão a sua volta, aqueles que se ama, mas a todos).

Por isso, certas escolhas devem ser tomadas pensando no outro, sim. Por mais que você pense: "não quero isso!", em algum momento, alguém terá que ceder. E quando existe uma grande oportunidade para o outro, é um grande exercício para praticar o controle do egocentrismo quando você apoia, mesmo que sofra com essa atitude.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Amicus: Amore.

"Amizade (do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego) é uma relação afetiva, a princípio, sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas. Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo."

Wikipedia: Amizade



E é pensando na relação entre "amicus" e "amore" que resolvi escrever um pouco, principalmente sobre o que tem ultimamente acontecido comigo. É de conhecimento geral que "amigos verdadeiros são poucos, pode-se contar nos dedos", mas vejo por aí muitas pessoas usando isso como provocação, como um ataque no sentido de: "você não é meu amigo verdadeiro, não me deu presente de aniversário", "você não lembrou que hoje fez "x" anos que nos conhecemos", "você me liga mais, não manda mensagem"...Engraçado, muito engraçado. Que eu saiba uma amizade é uma coisa recíproca, não adianta um só se esforçar, ligar, e mimimi se o outro não se importa. E digo mais: por que o outro não se importaria? Ou ele realmente não é seu amigo e não está nem aí, ou muitas coisas mudaram, está acontecendo algo novo na vida dele e etc...Não custa nada avaliar, custa? Muito mais fácil do que sair com mil pedras na mão. Ser amigo não é se exaurir, é fazer parte da vida do outro sim, mas não se esgotar por algo sem causa, ou por alguém que não te conhece o suficiente para saber que você está dando o seu melhor, mas que também tem a sua vida para cuidar.

Confesso que nos últimos anos(3, para ser mais exata), minhas prioridades mudaram, EU mudei, e acredito que para melhor. Conforme vamos tendo mais experiêcias, conforme vamos passando pelas diversas fases da vida, vamos mudando a nós mesmos, aos outros e ao mundo; nesse processo, as nossas relações são afetadas. Foram anos de decisões, de perdas familiares, de recuperação de alguns acontecidos e de escolhas muito difíceis, mas também foram anos de alegrias, de conhecer outras pessoas, de me aprofundar em certas coisas e de enxergar quem realmente sou. Não me arrependo de muita coisa, dizer que não me arrependo de NADA é pura mentira, pois sempre nos arrependemos de algo, que fizemos ou deixamos de fazer; mas deveria ter sido mais consistente em minhas decisões, mais clara quanto meus sentimentos e objetivos, não devia ter deixado margens para desconfiança, mágoa, ressentimento e brigas bobas. Mas as deixei.

Foram raras as situações em que vieram me perguntar o que estava acontecendo, se estava tudo bem ou se eu precisava de algo. Considerei os que não se manifestaram como péssimos amigos? Achei ruim quem não me deu parabéns no meu aniversário? NÃO! Por que seria mesquinha demais se me importasse com essas coisas banais, por que amigo que é amigo erra, peca, omite e até mente, por que ele é humano e não e perfeito, mas no fim ele se desculpa, ele reconhece o erro, fica tudo bem e acaba em risadas, mesmo ambos sabendo que esse não pode ser o real fim dos desentendimentos, pois amigos se estranham sim, só que uns mais, outros menos. Seria ridículo da minha parte também só criticar o outro: quantas vezes deixei de lado coisas realmente importavam, não só para mim quanto para o meu amigo? Quantas vezes quis encontrá-lo, mas por algum motivo não foi possível? Quantas vezes pensei em ligar, em mandar uma mensagem, mas meu orgulho, ressentimento ou até mesmo medo, me impediram disso? Eu mesma respondo: MUITAS!

Tenho relações de amizade nas quais há alguma lacuna, um desentendimento que não foi resolvido e cada um foi para um lado, que foi deixado para trás por decisão de ambos, que foi resolvido superficialmente e deixou sequelas, que foi deixado para depois e, até hoje, ambos fingem que nada aconteceu. Por que, por mais que TODOS em algum momento digam: "se tiver algo errado, eu vou te falar!", isso NÃO acontece! Todos temos medo, algum receio, nos perdemos nas palavras, razão e sentimento, e as vezes não sabemos nos expressar, não contamos o que realmente queremos, ou omitimos por que não sabemos quais serão as consequencias de tal ato. Em determinado momento, as coisas podem ficar difíceis, podem nos tirar do sério, mas se gostamos da pessoa, ainda nos importamos, ainda ficamos preocupados se ela está indo bem nas provas, se está lidando bem com os seus problemas pessoais, como está sua saúde e o que tem feito aos finais de semana. Pensamos CONSTANTEMENTE nessa pessoa, as vezes nos comunicamos com ela, mesmo que timidamente, mesmo que sem assunto, só para dizer um "ei, estou aqui, viu?", as vezes ficamos só na vontade, no choro, no pensamento. As vezes, essa pessoa nem sabe disso, não se importa, não se incomoda, ou sabe mas está na mesma que a gente: o que está acontecendo? o que sinto? o que faço? como falo?

Tenho só uma saída para quem quer fazer a sua parte: independente do que aconteça, ou de quem seja a tão temida culpa, tente. Ligue, mande mensagem, encontre, faça algo. Sei que as vezes 24h é pouco para tudo que queremos, mas pelo menos uma vez, invista (e não "perca")alguns minutos do seu dia para falar o que precisa, tirar de dentro de si mesmo tudo o que o sufoca há horas, dias, meses ou anos.

E não, esse texto não é específico para ninguém, é um conjunto de acontecimentos, momentos e sentimentos que foram se acumulando com o passar do tempo, no qual MUITAS pessoas fazem parte. Então se sentir que é para você, é por que é TAMBÉM, e não exclusivamente, não é um ataque ou nada do gênero: apenas uma limpeza de chaminé.

Desculpas a todos que magoei nos últimos anos.
(e perdoem os erros de cunho gramatical, estou escrevendo às pressas e minha média de gramática não é muito boa)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

My Love


That's The Way (My Love Is) - Smashing Pumpkins

 

 

They say that life ain't easy
They'll say your life's a crime
Destroy up all good reason
How I'm alive

They'll say that nothing matters
Not even your will to survive
Of course I love you baby
'Cause I'm alive
Yes, I'm alive

Whenever I call you out
Whenever I draw you round
Whenever is here and now

That's the way my love is
That's the way I care
You should count on me baby
I'm always there for you
Yeah, I'm always there for you

They'll say you'll lose your nerve soon
To claim identity
Disgrace our sacred promise
With no belief
Oh, how I believe in you

That's the way my love is for you
That's the way my love is for you

I feel a coming age now
I feel a dawn in me
A certain sun keeps rising
On my belief in you

That's the way my love is
That's the way I care
You should count on me baby
'Cause I'm always there for you
That's the way my love is
That's the way I care
You should count on me baby
'Cause I'm always there for you
Yeah, I'm always there for you

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Venus at the Mirror - Velázquez

O Objectivo da Arte não é Ser CompreensívelToda a arte é expressão de qualquer fenómeno psíquico. A arte, portanto, consiste na adequação, tão exacta quanto caiba na competência artística do fautor, da expressão à cousa que quer exprimir. De onde se deduz que todos os estilos são admissíveis, e que não há estilo simples nem complexo, nem estilo estranho nem vulgar. 
Há ideias vulgares e ideias elevadas, há sensações simples e sensações complexas; e há criaturas que só têm ideias vulgares, e criaturas que muitas vezes têm ideias elevadas. Conforme a ideia, o estilo, a expressão. Não há para a arte critério exterior. O fim da arte não é ser compreensível, porque a arte não é a propaganda política ou imoral. 

Fernando Pessoa, in 'Sobre «Orpheu», Sensacionismo e Paùlismo'

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Hibernar

  E quando você sabe que o esforço é minimo, mas mesmo assim se questiona: o resultado poderia ter sido melhor? E quando você decide que é capaz de melhorar, mas na prática tudo te puxa para o lado oposto, para o abismo? Será que a metodologia utilizada é suficiente para alcançar os resultados tão desejados? Será que estes, por sua vez, são realmente desejados? Ou há apenas uma ilusão? Uma falsa ideia de ambição que você simplesmente projeta por não ter outra escolha? As escolhas são pré definidas, o leque de opções é limitado...Mas mesmo assim, se escolhe algo. Esse algo é o correto? É a verdade única? O que é o correto e o incorreto? Quem define estes conceitos e suas aplicações? O que é verdade, o que é mentira?
  E quando você tem vontade de desistir de tudo? De jogar tudo para o alto simplesmente por ter medo de enfrentar a realidade? Será que é realmente nesta realidade em que se vive ou em uma paralela? O que é real ou imaginário? Quando se sabe onde começa um e termina o outro? Desistir...De tentar. Lutar. Mas quem é o verdadeiro inimigo? Luta-se contra quem? Quem é o culpado de tudo? A resposta pode ser simples, até quem sabe exata...Mas a pergunta talvez não seja "Quem é o culpado por tudo?", e sim "Realmente existe o interesse em saber quem é o culpado por tudo?". Esse medo é latente, explícito. Ignorá-lo não resolverá o problema, apenas o adiará...Mas até quando? Até tudo explodir.
  E quando você...Você hiberna? O que fazer? A vontade que paira no ar é a de despertar...Despertar para a vida, talvez...Talvez todos estejam hibernando, ou somente um ou outro. Só resta descobrir quem faz parte desse grupo de hibernadores, perdedores de vida...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Beautiful - (1 ano de namoro!!)


Beautiful - Smashing Pumpkins


Beautiful, you're beautiful, as beautiful as the sun
Wonderful, you're wonderful, as wonderful as they come
And i can't help but feel attached
To the feelings i can't even match
With my face pressed up to the glass, wanting you
Beautiful, you're beautiful, as beautiful as the sky
Wonderful, it's wonderful, to know that you're just like I

And i'm sure you know me well, as i'm sure you don't
But you just can't tell
Who'll you love and who you won't
And i love you, as you love me
So let the clouds roll by your face
We'll let the world spin on to another place
We'll climb the tallest tree above it all
To look down on you and me and them
And i'm sure you know me well, as i'm sure you don't
But you just can't tell, who you'll love and who you won't

Don't let your life wrap up around you
Don't forget to call, whenever
I'll be here just waiting for you
I'll be under your stars forever
Neither here nor there just right beside you
I'll be under the stairs forever
Neither here nor there just right beside you

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Reciclagem Interior

   Quero cavar fundo, cavar, cavar...Quem sabe ir parar na China! Quem sabe...Pelo menos lá ninguém me encontra. Ou será que encontra? Será que isso resolveria os meus problemas? Será que os chineses, as vezes, também não têm vontade de cavar fundo, cavar, cavar...Até parar aqui no Brasil?

   Ultimamente tenho vivido muito intensamente. Sim, se eu pudesse descrever minha vida em apenas uma palavra, escolheria esta: intensa. Digo isto, por que de certa forma eu já era meio "oito ou oitenta", agora me parece(e a todos ao meu redor, tenho certeza), que está bem mais evidente tal traço da minha personalidade. São fases da lua? Mas que lua é esta que muda de 5 em 5 minutos? Que lua é esta, que ilumina em dado momento e depois enegrece tudo ao meu redor? Mas que lua (que raio de lua!), que lua tem tudo em suas mãos num dia, e noutro nada? Que joga tudo para o ar sem pensar duas vezes? E quando pensa duas vezes, muda de ideia e tenta resgatar o que foi lançado ao léu? Esta é uma lua inconstante, uma lua que sofre e sofrerá muito se continuar a ser assim...E o que fazer? Há solução para essa lua-meia-lua?
   Sinto-me cega. Vendada. Mas quem vendou-me? Será que fui eu mesma? Será que foi o destino? Isto é consciente ou inconsciente? Tantas perguntas...nenhuma resposta. Não reclamo da minha vida intensa por total, pois sei que os momentos bons que ela me proporciona são vários, e tento aproveitar ao máximo (mesmo as vezes não tendo sucesso), mas há coisas que podem (deveriam, é claro!) ser mudadas. E como mudar? E como sair desta maldita zona de conforto? Como revolucionar o meu eu? Esta mesma intensidade com a qual vivo diariamente me mata. Mata-me aos poucos nessa vida sacana, que me põe em prova, me coloca em situações difíceis que fazem com que eu repense nos meus atos. Reflexão. Intensidade, as vezes, puxa a impulsividade. Me deixa radical, e não no sentido descolado da coisa, mas no sentido "quero resolver tudo agora, cortar o mal pela raiz...". Soluções drásticas que são tomadas impulsivamente, sem pensar nas consequências...Por que as veias bulem tanto, o coração palpita tanto, os poros dilatam tanto, que parece que vou explodir. Seja de raiva, de amor, de saudade, de tristeza...De compaixão.
   E não precisam ser situações grandiosas para fazer eu me sentir assim. As vezes, coisas bobas, e até consideradas irrelevantes, me tiram do sério. São coisas que me fazer ter vontade de desistir de trancar uma matéria, de desistir da faculdade, de sair de casa, de brigar com todo mundo, de ir embora para sempre. Mudar de nome, virar hippie, ir para o Xingú e virar índio. Mas quem disse que é facil mudar de nome? Ser hippie ou índio? Doce ilusão. Quero ver eu conseguir sobreviver em meio aos indígenas, aprender tupi-guarani, ficar em reclusão, fazer cerâmica, fiar paina e produzir colares, penachos, pulseiras, arco-e-flecha. Os índios também têm os seus problemas, suas terras sendo reduzidas ao nada, suas crianças e jovens se parecendo (e querendo!) cada vez mais com o homem branco, seus rios sendo poluidos, seu patrimonio sendo transformado em palco, em comércio, em usinas hidrelétricas. Não...ser índio não resolveria o meu problema, pois cada sociedade, logo cada indivíduo, têm seus proprios problemas.
   Parece mesquinho escrever sobre meu estado de espirito, sobre meus problemas...Isso soa meio banal, quando comparado a inúmeros problemas infinitamente mais graves como o meu, pois estou me queixando da minha chatice, do quão insuportável estou, mas tem gente se queixando de uma descoberta fatal: câncer. Ou não. As vezes uma pessoa que está com câncer aproveita mais a vida do que eu, mesmo ao receber esta notícia. O que nos torna tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo? Por que agimos de formas distintas? Por que temos leituras particulares do mundo no qual vivemos? Mudando (ou nem tanto) de pêra para maçã, esta é uma questão interessante. Até que ponto o meio influencia em nossos atos? Alias, até que ponto jogamos a culpa no meio, culpa esta que poderia ser exclusivamente nossa?
  Me considero ignorante em vários aspectos. As vezes quero mudar o mundo, as vezes quero apenas deitar em minha cama e dormir tranquilamente, esquecendo que este mesmo mundo existe. Egoísta. Critico, levanto argumentos e hipóteses, teoriso...Mas não soluciono. Ah, mas não é fácil solucionar as coisas. As vezes, tento esconder para debaixo do tapete os meus problemas, noutros momentos, tento camuflá-los, transformando-os em novos móveis, e em alguns casos (que ultimamente têm sido frequente) tento dá-los para alguém (e não me orgulho disso), como uma mobilia que não uso mais, ou até ateio fogo, reduzindo tudo a pó (na metáfora, apenas nela, sendo ecologicamente incorreta). O certo seria reciclar estes meus problemas. As vezes penso nisso...Transformar aqueles que não quero mais, que só me atrapalham, em algo útil para mim ou até para outra pessoa. Mas ainda é tudo novo, preciso me adaptar.

  Poderia ser fácil, jogar a culpa no remédio, na sociedade, na TPM, mas sei bem que vai além disso. Assumo minha fase, como a lua, intensa...Mas será que mereço, realmente, tudo isso??

quinta-feira, 15 de setembro de 2011







‎"...Could you tell
I was left lost and lonely
Could you tell
Things ain't worked out my way..."

"...Give it up
I can't give it up..."