sábado, 17 de maio de 2008

FOME

Chá Mate de acerola com laranja, bolacha de água e sal com goiabada.
Meu sábado a noite se resume nisto.

Talvez leia mais algumas páginas de Bala na Agulha. Talvez.
Talvez estude matemática e métodos e ferramentas de melhoria. Talvez?
Talvez deite na cama e afunde na espuma e suma para sempre.Talvez...

O último gole de chá foi tomado, o líquido quente percorre caminhos pelo meu corpo. Esquenta.
O pacote de bolacha já está no fim...a última é sempre a mais gostosa.
A gula digeriu dois terços de goiabada, o restante me olha como se estivesse gritando: coma-me!
Mas eu não como. Não posso. Não devo. Não quero (tá, eu quero, mas as demais justificativas me prendem...).

Porque tenho a sensação de não ter nada para fazer, quando coisa para fazer é o que não falta?
A sensação de fome, quando acabo de comer que nem uma leitoa pronta para o abate (linda comparação!)?
A estranha sensação de frio cortante, depois de um banho fervendo?
De ter dormido uma fração de segundos, quando na verdade foram dois dias?

Talvez, talvez...seja este século 21. As buzinas do outro lado da avenida. Buzina. Os passos apressados no corredor. Passos. Os gritos ecoando pelas paredes. Gritos. A fome se espalhando pelo corpo. Fome.
Ruído.Barulho. Pressa.
Fome.
Come.
Fome...come.
Come...COMO?

sábado, 3 de maio de 2008

Cien Años de Soledad


Clique na imagem para melhor visualização da árvore genealógica dos Buendía
;)
Referente ao livro do Gabriel García Márquez "Cien Años de Soledad" - Original.