sexta-feira, 25 de julho de 2008

Nada melhor do que uma boa metáfora...

Era para isto ser uma poesia. Uma linda poesia...
Mas não consigo. Não hoje, não agora...
Sabe, eu queria. Queria escrever algo bonito, algo que pudesse tocar o teu coração.
Mas não hoje. Hoje não...
Sinto-me vazia. Como se toda energia, que outrora vivia dentro de mim, tivesse escorrido rumo ao ralo.
Sabe quando voce esta lavando as mãos, e tira o anel? (uma metáfora, vamos lá!)Então, é basicamente isso. Como se eu tivesse deixado a energia num canto da pia, e de repente -como um anel- ela escorrega da minha mão e desliza agilmente em direção ao ralo. Nesta hora bate um desespero. As mãos procuram rapidamente impedir que o anel - energia- chegue ao seu triste fim: o ralo. O pior de tudo é quando não conseguimos. Quando olhamos para o ralo da pia e não vemos nada além de fios de cabelo condenados, um restinho de creme dental e alguns pedaços de sabonete derretido. É triste. Tentamos -quase sempre em vão- pegar um arame -ou qualquer outra coisa do gênero- para recuperar o que literalmente desceu pelo ralo. Mas nada. Tudo em vão. Então, sentimos um vazio dentro do peito, olhamos para a mão -onde antes existia o tal anel, ou pra dentro de nós mesmos, onde existia a energia, enfim- e notamos que esta faltando algo. Algo que, talvez, nunca mais teremos. Podemos ir numa relojoaria, claro! Comprar outro anel pra tentar suprir a falta que o outro faz. Mas não, não será a mesma coisa, não o mesmo anel -ahn, ou energia, ela nunca será a mesma.

Nada é insubstituível, porém, cada coisa/pessoa é única, e tem seu exclusivo valor.