Campinas, 23 de Dezembro de 2009
Às 09h20 p.m – Quarta-Feira
Eu, que procuro em outros olhos o brilho dos teus, que almejo beijos quentes e úmidos em meus lábio secos, que tateio em vão o vazio na ilusão de te encontrar, contemplo a escuridão como se fosse o fundo do meu próprio coração.
[Poderia ser doce, eu sei. Tocar seu coração, não deixa-lo partir nunca, segurar suas mãos entre as minhas e dizer, olhando-te, sinceramente o quanto te amo.]
Amei-te…Tanto! E de infinitas formas, muito mais do que eu realmente podia amar. Mas tudo que se ganha, de alguma forma, um dia perde-se.
[Mas a vida é cheia de caminhos…Por ora tortuosos.]
E chegou o dia em que aquele brilho sumiu, os lábios secaram-se de vez, as mãos encontraram apenas o chão frio, a mente vagou durante um último instante, encontrando restos de um passado remoto…
[Estou fechando os olhos…Matando-te. Para sempre.]