terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Mistura de vozes: quando a calmaria causa estranheza.




Há uns anos, escrevia muito. Bastava um lápis/caneta e papel, posteriormente computador, para "limpar a chaminé" desmedidamente, bem como para deixar fluir os pensamentos: tudo à cargo da imaginação.
O que alimentava tamanha voracidade pela escrita? Amor platônico, dor, ódio, sentimentos depressivos, solidão...pessoas. Era estranho. Ao mesmo tempo que sofria com todos os acontecimentos, encontrava neles impulso e inspiração para escrever: transformava coisas horríveis, sentimentos ruins, em coisas boas, em poesia, em reflexão. E como eram belas aquelas palavra! Como os textos eram carregados de sentimentalismo singular, que retratavam quase por completo a alma da poeta!
Coração turbulento. Útero em rave. O dualismo estava sempre presente e ela ia sobrevivendo. Um remendo ali, um pedacinho colado aqui...seu coração era um mosaico. Uma colcha de retalhos. Com o tempo, foi parando de escrever. Começou a ficar mais ansiosa, angustiada...cadê as palavras? Me fogem! Cadê os sentimentos hipérbole, as dramatizações, as peças tragicômicas? Sumiram! E assim começou a estranheza pela calmaria, calmaria esta que a assustava: como pode tudo estar assim...tão sossegado?  Durante muito tempo lamentou. Chorou, se sentiu incapaz, incompetente...quis loucamente sofrer um pouco para conseguir sua inspiração de volta. Parou. Pensou....Peraê: do que estou reclamando? Ela agora não escrevia como antes, okay...mas era muito mais feliz. MUITO mais. O motivo? Ele. Sempre ele quem cuidava dela, não deixava que os fantasmas do passado a assombrasse. O luto passou, amor. As mágoas passaram, estou aqui. Promete que não vai embora? Prometo. Não vai me abandonar? Nunca. Viajou, ficou do outro lado do Atlântico por um ano...mas sempre esteve presente! Muito mais do que todos os outros já estiveram. Do que reclamar? Trocar tudo isso por alguns textos bonitos e sofridos? Praquê? Proquê, meu Deu? Não valia. Nada se comparava ao fato de estar do lado dele...era a calmaria, a paz do seu coração. Meu coração está mais vivo, mais disposto, cheio de vida...mais em paz.

Não quero me acostumar: quero me reinventar. Reinvente-se comigo! Claro, estamos juntos nessa. Sempre...

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E a calmaria....e a calmaria? Quando a calmaria é sua razão de viver ;)
Marcelo, te amo! 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Zaz

Foto: Tamires L. Assis | Modelo: Tamires L. Assis

Si - Zaz

Si j'étais l'amie du bon dieu
Si je connaissais les prières.
Si j'avais le sang bleu.
Le don d'effacer et tout refaire.
Si j'étais reine ou magicienne
Princesse, fée, grand capitaine,
D'un noble régiment.
Si j'avais les pas d'un géant.

Je mettrais du ciel en misère,
Toutes les larmes en rivière,
Et fleurirais des sables
Où filent même l'espoir
Je sèmerais des utopies,
Plier serait interdit,
On ne détournerait plus les regards.

Si j'avais des milles et des cents,
Le talent, la force ou les charmes,
Des maîtres, des puissants.
Si j'avais les clés de leurs âmes.
Si je savais prendre les armes.
Au feu d'une armée de titans.
J'allumerais des flammes,
Dans les rêves éteints des enfants.
Je mettrais des couleurs aux peines.
J'inventerais des éden.
Aux pas de chances, aux pas d'étoiles, aux moins que rien.

Mais je n'ai qu'un cœur en guenille,
Et deux mains tendues de brindilles.
Une voix que le vent chasse au matin.
Mais si nos mains nues se rassemblent,
Nos millions de cœurs ensembles.
Si nos voix s'unissaient,
Quels hivers y résisteraient?

Un monde fort, une terre âme sœur,
Nous bâtirons dans ces cendres
Peu à peu, miette à miette,
Goutte à goutte et cœur à cœur

Peu à peu, miette à miette,
Goutte à goutte et cœur à cœur