segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Amicus: Amore.

"Amizade (do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego) é uma relação afetiva, a princípio, sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas. Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo."

Wikipedia: Amizade



E é pensando na relação entre "amicus" e "amore" que resolvi escrever um pouco, principalmente sobre o que tem ultimamente acontecido comigo. É de conhecimento geral que "amigos verdadeiros são poucos, pode-se contar nos dedos", mas vejo por aí muitas pessoas usando isso como provocação, como um ataque no sentido de: "você não é meu amigo verdadeiro, não me deu presente de aniversário", "você não lembrou que hoje fez "x" anos que nos conhecemos", "você me liga mais, não manda mensagem"...Engraçado, muito engraçado. Que eu saiba uma amizade é uma coisa recíproca, não adianta um só se esforçar, ligar, e mimimi se o outro não se importa. E digo mais: por que o outro não se importaria? Ou ele realmente não é seu amigo e não está nem aí, ou muitas coisas mudaram, está acontecendo algo novo na vida dele e etc...Não custa nada avaliar, custa? Muito mais fácil do que sair com mil pedras na mão. Ser amigo não é se exaurir, é fazer parte da vida do outro sim, mas não se esgotar por algo sem causa, ou por alguém que não te conhece o suficiente para saber que você está dando o seu melhor, mas que também tem a sua vida para cuidar.

Confesso que nos últimos anos(3, para ser mais exata), minhas prioridades mudaram, EU mudei, e acredito que para melhor. Conforme vamos tendo mais experiêcias, conforme vamos passando pelas diversas fases da vida, vamos mudando a nós mesmos, aos outros e ao mundo; nesse processo, as nossas relações são afetadas. Foram anos de decisões, de perdas familiares, de recuperação de alguns acontecidos e de escolhas muito difíceis, mas também foram anos de alegrias, de conhecer outras pessoas, de me aprofundar em certas coisas e de enxergar quem realmente sou. Não me arrependo de muita coisa, dizer que não me arrependo de NADA é pura mentira, pois sempre nos arrependemos de algo, que fizemos ou deixamos de fazer; mas deveria ter sido mais consistente em minhas decisões, mais clara quanto meus sentimentos e objetivos, não devia ter deixado margens para desconfiança, mágoa, ressentimento e brigas bobas. Mas as deixei.

Foram raras as situações em que vieram me perguntar o que estava acontecendo, se estava tudo bem ou se eu precisava de algo. Considerei os que não se manifestaram como péssimos amigos? Achei ruim quem não me deu parabéns no meu aniversário? NÃO! Por que seria mesquinha demais se me importasse com essas coisas banais, por que amigo que é amigo erra, peca, omite e até mente, por que ele é humano e não e perfeito, mas no fim ele se desculpa, ele reconhece o erro, fica tudo bem e acaba em risadas, mesmo ambos sabendo que esse não pode ser o real fim dos desentendimentos, pois amigos se estranham sim, só que uns mais, outros menos. Seria ridículo da minha parte também só criticar o outro: quantas vezes deixei de lado coisas realmente importavam, não só para mim quanto para o meu amigo? Quantas vezes quis encontrá-lo, mas por algum motivo não foi possível? Quantas vezes pensei em ligar, em mandar uma mensagem, mas meu orgulho, ressentimento ou até mesmo medo, me impediram disso? Eu mesma respondo: MUITAS!

Tenho relações de amizade nas quais há alguma lacuna, um desentendimento que não foi resolvido e cada um foi para um lado, que foi deixado para trás por decisão de ambos, que foi resolvido superficialmente e deixou sequelas, que foi deixado para depois e, até hoje, ambos fingem que nada aconteceu. Por que, por mais que TODOS em algum momento digam: "se tiver algo errado, eu vou te falar!", isso NÃO acontece! Todos temos medo, algum receio, nos perdemos nas palavras, razão e sentimento, e as vezes não sabemos nos expressar, não contamos o que realmente queremos, ou omitimos por que não sabemos quais serão as consequencias de tal ato. Em determinado momento, as coisas podem ficar difíceis, podem nos tirar do sério, mas se gostamos da pessoa, ainda nos importamos, ainda ficamos preocupados se ela está indo bem nas provas, se está lidando bem com os seus problemas pessoais, como está sua saúde e o que tem feito aos finais de semana. Pensamos CONSTANTEMENTE nessa pessoa, as vezes nos comunicamos com ela, mesmo que timidamente, mesmo que sem assunto, só para dizer um "ei, estou aqui, viu?", as vezes ficamos só na vontade, no choro, no pensamento. As vezes, essa pessoa nem sabe disso, não se importa, não se incomoda, ou sabe mas está na mesma que a gente: o que está acontecendo? o que sinto? o que faço? como falo?

Tenho só uma saída para quem quer fazer a sua parte: independente do que aconteça, ou de quem seja a tão temida culpa, tente. Ligue, mande mensagem, encontre, faça algo. Sei que as vezes 24h é pouco para tudo que queremos, mas pelo menos uma vez, invista (e não "perca")alguns minutos do seu dia para falar o que precisa, tirar de dentro de si mesmo tudo o que o sufoca há horas, dias, meses ou anos.

E não, esse texto não é específico para ninguém, é um conjunto de acontecimentos, momentos e sentimentos que foram se acumulando com o passar do tempo, no qual MUITAS pessoas fazem parte. Então se sentir que é para você, é por que é TAMBÉM, e não exclusivamente, não é um ataque ou nada do gênero: apenas uma limpeza de chaminé.

Desculpas a todos que magoei nos últimos anos.
(e perdoem os erros de cunho gramatical, estou escrevendo às pressas e minha média de gramática não é muito boa)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

My Love


That's The Way (My Love Is) - Smashing Pumpkins

 

 

They say that life ain't easy
They'll say your life's a crime
Destroy up all good reason
How I'm alive

They'll say that nothing matters
Not even your will to survive
Of course I love you baby
'Cause I'm alive
Yes, I'm alive

Whenever I call you out
Whenever I draw you round
Whenever is here and now

That's the way my love is
That's the way I care
You should count on me baby
I'm always there for you
Yeah, I'm always there for you

They'll say you'll lose your nerve soon
To claim identity
Disgrace our sacred promise
With no belief
Oh, how I believe in you

That's the way my love is for you
That's the way my love is for you

I feel a coming age now
I feel a dawn in me
A certain sun keeps rising
On my belief in you

That's the way my love is
That's the way I care
You should count on me baby
'Cause I'm always there for you
That's the way my love is
That's the way I care
You should count on me baby
'Cause I'm always there for you
Yeah, I'm always there for you

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Venus at the Mirror - Velázquez

O Objectivo da Arte não é Ser CompreensívelToda a arte é expressão de qualquer fenómeno psíquico. A arte, portanto, consiste na adequação, tão exacta quanto caiba na competência artística do fautor, da expressão à cousa que quer exprimir. De onde se deduz que todos os estilos são admissíveis, e que não há estilo simples nem complexo, nem estilo estranho nem vulgar. 
Há ideias vulgares e ideias elevadas, há sensações simples e sensações complexas; e há criaturas que só têm ideias vulgares, e criaturas que muitas vezes têm ideias elevadas. Conforme a ideia, o estilo, a expressão. Não há para a arte critério exterior. O fim da arte não é ser compreensível, porque a arte não é a propaganda política ou imoral. 

Fernando Pessoa, in 'Sobre «Orpheu», Sensacionismo e Paùlismo'

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Hibernar

  E quando você sabe que o esforço é minimo, mas mesmo assim se questiona: o resultado poderia ter sido melhor? E quando você decide que é capaz de melhorar, mas na prática tudo te puxa para o lado oposto, para o abismo? Será que a metodologia utilizada é suficiente para alcançar os resultados tão desejados? Será que estes, por sua vez, são realmente desejados? Ou há apenas uma ilusão? Uma falsa ideia de ambição que você simplesmente projeta por não ter outra escolha? As escolhas são pré definidas, o leque de opções é limitado...Mas mesmo assim, se escolhe algo. Esse algo é o correto? É a verdade única? O que é o correto e o incorreto? Quem define estes conceitos e suas aplicações? O que é verdade, o que é mentira?
  E quando você tem vontade de desistir de tudo? De jogar tudo para o alto simplesmente por ter medo de enfrentar a realidade? Será que é realmente nesta realidade em que se vive ou em uma paralela? O que é real ou imaginário? Quando se sabe onde começa um e termina o outro? Desistir...De tentar. Lutar. Mas quem é o verdadeiro inimigo? Luta-se contra quem? Quem é o culpado de tudo? A resposta pode ser simples, até quem sabe exata...Mas a pergunta talvez não seja "Quem é o culpado por tudo?", e sim "Realmente existe o interesse em saber quem é o culpado por tudo?". Esse medo é latente, explícito. Ignorá-lo não resolverá o problema, apenas o adiará...Mas até quando? Até tudo explodir.
  E quando você...Você hiberna? O que fazer? A vontade que paira no ar é a de despertar...Despertar para a vida, talvez...Talvez todos estejam hibernando, ou somente um ou outro. Só resta descobrir quem faz parte desse grupo de hibernadores, perdedores de vida...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Beautiful - (1 ano de namoro!!)


Beautiful - Smashing Pumpkins


Beautiful, you're beautiful, as beautiful as the sun
Wonderful, you're wonderful, as wonderful as they come
And i can't help but feel attached
To the feelings i can't even match
With my face pressed up to the glass, wanting you
Beautiful, you're beautiful, as beautiful as the sky
Wonderful, it's wonderful, to know that you're just like I

And i'm sure you know me well, as i'm sure you don't
But you just can't tell
Who'll you love and who you won't
And i love you, as you love me
So let the clouds roll by your face
We'll let the world spin on to another place
We'll climb the tallest tree above it all
To look down on you and me and them
And i'm sure you know me well, as i'm sure you don't
But you just can't tell, who you'll love and who you won't

Don't let your life wrap up around you
Don't forget to call, whenever
I'll be here just waiting for you
I'll be under your stars forever
Neither here nor there just right beside you
I'll be under the stairs forever
Neither here nor there just right beside you

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Reciclagem Interior

   Quero cavar fundo, cavar, cavar...Quem sabe ir parar na China! Quem sabe...Pelo menos lá ninguém me encontra. Ou será que encontra? Será que isso resolveria os meus problemas? Será que os chineses, as vezes, também não têm vontade de cavar fundo, cavar, cavar...Até parar aqui no Brasil?

   Ultimamente tenho vivido muito intensamente. Sim, se eu pudesse descrever minha vida em apenas uma palavra, escolheria esta: intensa. Digo isto, por que de certa forma eu já era meio "oito ou oitenta", agora me parece(e a todos ao meu redor, tenho certeza), que está bem mais evidente tal traço da minha personalidade. São fases da lua? Mas que lua é esta que muda de 5 em 5 minutos? Que lua é esta, que ilumina em dado momento e depois enegrece tudo ao meu redor? Mas que lua (que raio de lua!), que lua tem tudo em suas mãos num dia, e noutro nada? Que joga tudo para o ar sem pensar duas vezes? E quando pensa duas vezes, muda de ideia e tenta resgatar o que foi lançado ao léu? Esta é uma lua inconstante, uma lua que sofre e sofrerá muito se continuar a ser assim...E o que fazer? Há solução para essa lua-meia-lua?
   Sinto-me cega. Vendada. Mas quem vendou-me? Será que fui eu mesma? Será que foi o destino? Isto é consciente ou inconsciente? Tantas perguntas...nenhuma resposta. Não reclamo da minha vida intensa por total, pois sei que os momentos bons que ela me proporciona são vários, e tento aproveitar ao máximo (mesmo as vezes não tendo sucesso), mas há coisas que podem (deveriam, é claro!) ser mudadas. E como mudar? E como sair desta maldita zona de conforto? Como revolucionar o meu eu? Esta mesma intensidade com a qual vivo diariamente me mata. Mata-me aos poucos nessa vida sacana, que me põe em prova, me coloca em situações difíceis que fazem com que eu repense nos meus atos. Reflexão. Intensidade, as vezes, puxa a impulsividade. Me deixa radical, e não no sentido descolado da coisa, mas no sentido "quero resolver tudo agora, cortar o mal pela raiz...". Soluções drásticas que são tomadas impulsivamente, sem pensar nas consequências...Por que as veias bulem tanto, o coração palpita tanto, os poros dilatam tanto, que parece que vou explodir. Seja de raiva, de amor, de saudade, de tristeza...De compaixão.
   E não precisam ser situações grandiosas para fazer eu me sentir assim. As vezes, coisas bobas, e até consideradas irrelevantes, me tiram do sério. São coisas que me fazer ter vontade de desistir de trancar uma matéria, de desistir da faculdade, de sair de casa, de brigar com todo mundo, de ir embora para sempre. Mudar de nome, virar hippie, ir para o Xingú e virar índio. Mas quem disse que é facil mudar de nome? Ser hippie ou índio? Doce ilusão. Quero ver eu conseguir sobreviver em meio aos indígenas, aprender tupi-guarani, ficar em reclusão, fazer cerâmica, fiar paina e produzir colares, penachos, pulseiras, arco-e-flecha. Os índios também têm os seus problemas, suas terras sendo reduzidas ao nada, suas crianças e jovens se parecendo (e querendo!) cada vez mais com o homem branco, seus rios sendo poluidos, seu patrimonio sendo transformado em palco, em comércio, em usinas hidrelétricas. Não...ser índio não resolveria o meu problema, pois cada sociedade, logo cada indivíduo, têm seus proprios problemas.
   Parece mesquinho escrever sobre meu estado de espirito, sobre meus problemas...Isso soa meio banal, quando comparado a inúmeros problemas infinitamente mais graves como o meu, pois estou me queixando da minha chatice, do quão insuportável estou, mas tem gente se queixando de uma descoberta fatal: câncer. Ou não. As vezes uma pessoa que está com câncer aproveita mais a vida do que eu, mesmo ao receber esta notícia. O que nos torna tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo? Por que agimos de formas distintas? Por que temos leituras particulares do mundo no qual vivemos? Mudando (ou nem tanto) de pêra para maçã, esta é uma questão interessante. Até que ponto o meio influencia em nossos atos? Alias, até que ponto jogamos a culpa no meio, culpa esta que poderia ser exclusivamente nossa?
  Me considero ignorante em vários aspectos. As vezes quero mudar o mundo, as vezes quero apenas deitar em minha cama e dormir tranquilamente, esquecendo que este mesmo mundo existe. Egoísta. Critico, levanto argumentos e hipóteses, teoriso...Mas não soluciono. Ah, mas não é fácil solucionar as coisas. As vezes, tento esconder para debaixo do tapete os meus problemas, noutros momentos, tento camuflá-los, transformando-os em novos móveis, e em alguns casos (que ultimamente têm sido frequente) tento dá-los para alguém (e não me orgulho disso), como uma mobilia que não uso mais, ou até ateio fogo, reduzindo tudo a pó (na metáfora, apenas nela, sendo ecologicamente incorreta). O certo seria reciclar estes meus problemas. As vezes penso nisso...Transformar aqueles que não quero mais, que só me atrapalham, em algo útil para mim ou até para outra pessoa. Mas ainda é tudo novo, preciso me adaptar.

  Poderia ser fácil, jogar a culpa no remédio, na sociedade, na TPM, mas sei bem que vai além disso. Assumo minha fase, como a lua, intensa...Mas será que mereço, realmente, tudo isso??

quinta-feira, 15 de setembro de 2011







‎"...Could you tell
I was left lost and lonely
Could you tell
Things ain't worked out my way..."

"...Give it up
I can't give it up..."

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Escrever sobre escrever.

            Não escrevia mais. E tal pensamento percorria todo o seu corpo e a sacudia por inteiro, como se dissesse: "Ei, reaja!". Mas nada. Nada além do mal estar e náusea de si mesma fazia com que tomasse uma atitude, algo que finalmente resolvesse o seu problema, que colocasse tudo nos eixos, como alguns anos atrás.

            Não eram os amores, as dores ou águas passadas, não era a faculdade, o trabalho ou os amigos. No fundo, ela sabia da verdade. De cor e salteado, por sinal. Sabia que culpar terceiros ou suas atividades corriqueiras não a isentaria dos seus próprios atos. Ela era mesma a culpada, sim senhora. Ela mesma. Quem andava arrastando os pés, se lamuriando por aí, se esquivando das responsabilidades e culpando Deus e o mundo pela sua péssima desenvoltura, pelos seus hábitos repulsivos, pelos seus pensamentos inférteis e sua famigerada administração errônea do tempo que tinha. “Não tenho tempo para ler os meus livros”, dizia. Mas era mentira. Tempo não lhe faltava, o que estava em falta realmente era vergonha na cara, a única coisa que a faria mudar de atitude, traçar metas de leitura, por exemplo, e fielmente cumpri-las. Fez isso durante anos a fio, por que agora é tão complicado? Por que hesita? Talvez, talvez... Seja por que agora, é dona da razão. Antes tinha sede pelo conhecimento, devorava livros, assim como se devora um prato de brigadeiro, mas hoje se subestima demais, ou se superestima. É um revezamento infinito de comportamentos, que acabam sempre deixando os livros de lado.
            
            O vestibular chegou e, com ele, a falsa idéia de estar fazendo a coisa certa, apesar do medo latente. A opção Letras foi escolhida como curso desejado, prestou uma, duas três. 2011 chegou e lá para meados de Fevereiro, os resultados. Passou em uma, duas, três. Grande coisa, e agora? Qual escolher? Optou pelo conforto, pela sua cidade, família, amigos, namorado. Nos primeiros meses oscilava entre “Estou arrependida” e “Fiz a escolha certa”. Depois tudo se acalmou. Tomou a segunda opção para si e assinou em baixo, escreveu em um pedaço de papel e colocou na geladeira, assim, assim, para todos verem. Grande coisa.

            De tempos em tempos, pensava em escrever algo, uns rabiscos quaisquer, só para dizer “Ainda escrevo”. Mas ficava só no pensamento. Era um misto de preguiça, falta de: criatividade, paciência e coragem. Sentia falta das palavras, isto bem é verdade, mas não de quaisquer palavras, e sim das suas, aquelas que corriam livremente pela folha de caderno, sem nenhuma simetria, regra, estética ou censura. Eram suas então as escrevia como bem entendia. E o Diabo que carregue aquele que por chacota ou má vontade zombasse de seus garranchos. Não importava, eram garranchos sim, não negava. Mas eram exclusivamente seus, assinados em baixo com seu nome. Seu “T” que parece “H”. “E dane-se quem acha que ele é “H”, por que cargas d’àgua  tenho que escrever como todos?”, dizia. E sorria. Era sua marca, seu nome, seu “T” que parecia um “H”, suas palavras.


Por Tamires Lemos de Assis

segunda-feira, 21 de março de 2011

Papo de Mulher

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Olá, lindezas!

É com muita alegria que informo a vocês que, a partir de hoje, todas as segundas e quintas escreverei para o blog Papo de Mulher
Para quem quiser conferir, já está no ar o post "Ontem Menina, Hoje Mulher", que fala um pouco sobre essa transição feminina que tanto nos incomoda.
Comentem, opinem, critiquem e sigam o blog! Toda participação é muito bem vinda!


E para quem tem twitter, é só nos seguir por lá @__papodemulher


Um beijo para todos!
;***

quinta-feira, 3 de março de 2011

Las Manolas

Tomie, Eu e Japa
Duas japas, uma ruiva. O ano muda, o corpo muda, a rotina muda. A amizade não.
Sempre juntas...SEMPRE!

Amo vocês, suas manolinhas!
;***

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Quando Sonhos se Tornam Realidade

 

pp

E 2011 chegou. Chegou e trouxe consigo muitas coisas boas.

 Após a bateria de provas no final de 2010, houve uma pausa para um Ano Novo regado de boas amizades e muito amor, e logo em seguida recomecei a maratona da fase final dos vestibulares. Os dias pareciam ter muito mais do que 24 horas, dormia e sonhava com os resultados. Acordava de manhã pensando “já é hoje?”. Mas não, a espera foi longa…Porém, valeu a pena.

No dia 3 de Fevereiro saiu o resultado da UNESP: Convocada para matrícula em primeira chamada. Dia 7 saiu o da UNICAMP: Não convocada. Logo na terça-feira, dia 8, estava saindo para fazer meu piercing no nariz(uma argolinha singela)pra cumprir a promessa(uma vez que tinha passado pelo menos na UNESP), quando vejo o resultado da USP: Convocada para a matrícula.

PERAÍ, PÁRA TUUUUUDDOOOOOO! Como assim, eu passei? Eu passei MESMO? Não estou sonhando?

Sério, eu não achei que conseguiria passar na USP. Das 3 faculdades que prestei, a única que eu tinha quase certeza que não passaria era justamente ela. Ironia do destino…Agora cá estou eu, “pirando na batatinha”, indo morar em São Paulo, Brasil. Ouviram? Sim, estou indo MORAR em SÃO PAULO! Que loucura. QUE LOUCURA!

Claro que estou em outro planeta. Fico o tempo todo pensando em como será a faculdade, as pessoas, a cidade. Não conheço nada de São Paulo e o desconhecido sempre me assustou um pouco. Novos amigos, novos conhecimentos a serem adquiridos, novos professores, novos ares e lugares. Nova casa, novo emprego. É hora de afrouxar um pouco o laço que me envolve. Não soltar, apenas afrouxar. Não deixarei para trás tudo e todos em Campinas, jamais!Apenas terei dois lares, duas famílias, o dobro(ou mais) de amigos e mesmo namorado(lindo!). O plano é voltar para cá a cada 15 dias.

São Paulo. República. Amigos. Faculdade. Responsabilidade. Letras.

Mal tinha saído o resultado e eu já estava suando frio. No dia seguinte sai minha colocação na UNICAMP: 93º da lista, para 30 vagas. Me diz, para quê? Devo esperar ansiosamente pela 4º chamada, para ser convocada? Ou devo me jogar nessa nova experiência que será a USP?

Vou de USP, muito obrigada e volte sempre!

Eu sei que parece estranho. Se chorei? Sim, chorei. Muito. Ao mesmo tempo que queria ficar, queria ir. Voar. Sobrevoar São Paulo e conhecer cada pedacinho dessa cidade alucinante. Chorei por que a decisão foi difícil. Chorei por que sou assim, chorona por natureza. Por que vou sentir saudade, falta desse ritmo frenético da minha família, das confusões e gritarias. Juro que vou sentir falta disso e de muito mais. Dos amigos, dos fins de tarde em bares, dos domingos de pastel na feira, dos shows e baladas. De fazer lasanha, panqueca, brownie, cookies, cup cake…de ficar de boa na cama amontoada entre amigas, jogando conversa fora, falando sobre esmaltes. Tudo novo. Saudade de ver o namorado quando bem entender. Vamos tomar sorvete? Opa, bora lá! Vamos tomar sorvete hoje DE NOVO? Quero massa sabor Torta de Limão, meu bem. Vamos ao cinema? Vamos ao teatro? Vamos no bar? Vamos, claro que vamos! Vamos ver seriado, jogar tranca? Claro, demorou! Mas hoje é segunda! E daí, quem se importa?

E aos poucos, bem lentamente, as coisas vão tomando forma.

Procura aqui. Encontra ali. Você tem onde morar? Não, e você? Não também, estou sem lar. Vamos montar uma república? Vamos, vamos sim! Será o máximo…Temos que arranjar um local, casa ou apartamento. Quais móveis você pode levar? Fogão, geladeira? Tem microondas, liquidificador, lancheira? Olha, posso levar meu computador. Divido quarto, sem problemas. Prefiro pessoas que não fumem. Relaxa, vai dar tudo certo. Ah, sim: Sobreviveremos

Eu quero TUDO que tenho direito nessa nova fase da minha vida, mas sem abrir mão das coisas que mais me importam no momento atual. Levarei comigo pedaços do que tenho até agora e, no futuro, trarei fragmentos das minhas experiências e poderei compara-los, expo-los em quadros e porta-retratos. Transforma-los em livro e vende-los.

Enfim, fica aqui o registro do que se passa atualmente na minha mente insana. Quero mandar um beijo(me liga) para as minhas amigas e amigos que estão sempre por perto, mesmo quando distantes(oi?), para a minha família que me suporta diariamente, para todos aqueles que acreditaram em mim, me apoiaram e disseram “você vai conseguir, Tami!”, para aqueles que falaram que eu não iria conseguir também mando um beijo(mas não me liguem), e para o meu namorado LINDO que sempre me ajuda com tudo que pode, e que atura essa mulher de fases(aloka).

Chega, né? Escrevi mais do que devia! Boa noite.

#Ao som de Kiss, Kings Of Leon e Pearl Jam(minhas músicas prediletas)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Incerteza

 

About me:

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

- Clarice Lispector

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Experiências e Momentos

 

Totalmente fora de ordem, mas ai estão algumas fotinhos de 2010!! Obrigada por essas LINDAS fazerem parte da minha vida!

 

Recepcionistas de Formatura pela Forcamp

forcamp 09 modf 

Foto: Gabi, Tais, Ellen e Eu

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Copa do Mundo na casa do Tio Rei

agnes e eu modf

Foto: Agnes e Eu

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Show do Titãs

Titãs 03

Foto: Letícia, Alline, Jane, Dri e Eu

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Esquenta para o Show do Titãs na casa da Suellen

Foto: Aline, Cícera, Dri, Suellen, Ester, Ellen, Alline e Eu

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Aniversário de 20 anos em Casa

Meu niver 08 as Smart Object-1

Foto: Japa, Tomie, Mamãe, Eu e Cami

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Festa dos anos 60/70/80

Julho 007 as Smart Object-1

Foto: Pri e Eu

 

Ps: deu aloka de atualizar isso aqui do nada, mas estou com preguiça de escrever textos…Então, vai fotos! hehehe

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Retornando das Cinzas – Mais brega do que nunca!

 

NY - 32

 

Há tempos não escrevia. Não sentia a sensação anuviada de me perder por entre o vasto vocabulário existente, não experimentava a emoção de conseguir expressar-me em um caderno velho, transmitindo meus pensamentos à caneta, e esta, transcrevendo palavras desengonçadas – porém verdadeiras – que vão preenchendo as linhas do papel posto à minha cama, iluminado por um abajur à bateria.

Ah sim, a caneta. Cor vermelho-ferrugem-bordô, da mesma tonalidade dos meus fios de cabelo. Sempre quis ter uma assim. É incrível como ela dança suave e macia sobre a superfície da folha de papel. “Para a futura escritora”, disse. E uma inquietação tomou conta de mim. Ele achava que não, mas me conhecia bem.

Coincidência usa-la justamente hoje? Não, creio que não. Coincidências não são tão comestíveis ao meu ver. Tudo na vida tem um propósito, nada é por acaso. Mas sim, hoje. Três exatos meses após um desafio ser selado. Confesso que ao mesmo tempo que esses meses parecem ter transcorrido e escorrido rapidamente por entre meus dedos, eles passaram vagarosa e lentamente, dando a sensação e o frenesi de que há tempos, já dividia minha vida com esse alguém.

Ah, esse alguém! Que tem uma enorme paciência para comigo, que me irrita com coisas bobas mas também me agrada com coisas simples, que já quase me perdeu uma vez, mas que soube me reconquistar ao ponto de me fazer prestar atenção nas demais vertentes de um relacionamento, que me deixa preocupada e aflita, mas me tranqüiliza dando-me um abraço aconchegante e dizendo que tudo vai ficar bem, que se esforça para entender o que se passa na minha mente turbulenta, que me acompanha nas minhas atividades, nos meus hobbies, que me ajuda com as minhas obrigações…Alguém que é tão diferente de mim, tão calmo e paciente, tão mais razão do que emoção, tão prático e simples…Mas que consegue compreender um pouco do meu nervosismo, da minha ansiedade, do meu jeito hipérbole de ser, da minha complexidade e perfeccionismo. Esse alguém que torna certos dias ruins toleráveis, momentos de tensão mais reflexivos, discussões em trocas de ideias e aprendizado. Alguém que pode não ser minha metade, mas é meu inteiro.

Nesse meu “retorno”, deixo aqui registrado o quão difícil é compartilhar sua vida com alguém, mas o quão fácil pode-se tornar se este alguém está disposto a ser recíproco. Breguices à parte, fico feliz por estar de volta. As cores parecem mais vivas, o ar mais limpo e o perfume mais doce e fresco. Sim, desta vez vim para ficar, e não há nada que me desvie do meu objetivo: escrever.

"Escrever é doar ao mundo aquilo que existe dentro do seu mundo." E cá estou eu: doando.

Escrito dia 03 de Janeiro de 2011 – Segunda Feira – às 11h48 p.m   Por Tamires Lemos de Assis

 

#Ao som de Jorge Aragão(minhas músicas prediletas)