quinta-feira, 15 de setembro de 2011







‎"...Could you tell
I was left lost and lonely
Could you tell
Things ain't worked out my way..."

"...Give it up
I can't give it up..."

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Escrever sobre escrever.

            Não escrevia mais. E tal pensamento percorria todo o seu corpo e a sacudia por inteiro, como se dissesse: "Ei, reaja!". Mas nada. Nada além do mal estar e náusea de si mesma fazia com que tomasse uma atitude, algo que finalmente resolvesse o seu problema, que colocasse tudo nos eixos, como alguns anos atrás.

            Não eram os amores, as dores ou águas passadas, não era a faculdade, o trabalho ou os amigos. No fundo, ela sabia da verdade. De cor e salteado, por sinal. Sabia que culpar terceiros ou suas atividades corriqueiras não a isentaria dos seus próprios atos. Ela era mesma a culpada, sim senhora. Ela mesma. Quem andava arrastando os pés, se lamuriando por aí, se esquivando das responsabilidades e culpando Deus e o mundo pela sua péssima desenvoltura, pelos seus hábitos repulsivos, pelos seus pensamentos inférteis e sua famigerada administração errônea do tempo que tinha. “Não tenho tempo para ler os meus livros”, dizia. Mas era mentira. Tempo não lhe faltava, o que estava em falta realmente era vergonha na cara, a única coisa que a faria mudar de atitude, traçar metas de leitura, por exemplo, e fielmente cumpri-las. Fez isso durante anos a fio, por que agora é tão complicado? Por que hesita? Talvez, talvez... Seja por que agora, é dona da razão. Antes tinha sede pelo conhecimento, devorava livros, assim como se devora um prato de brigadeiro, mas hoje se subestima demais, ou se superestima. É um revezamento infinito de comportamentos, que acabam sempre deixando os livros de lado.
            
            O vestibular chegou e, com ele, a falsa idéia de estar fazendo a coisa certa, apesar do medo latente. A opção Letras foi escolhida como curso desejado, prestou uma, duas três. 2011 chegou e lá para meados de Fevereiro, os resultados. Passou em uma, duas, três. Grande coisa, e agora? Qual escolher? Optou pelo conforto, pela sua cidade, família, amigos, namorado. Nos primeiros meses oscilava entre “Estou arrependida” e “Fiz a escolha certa”. Depois tudo se acalmou. Tomou a segunda opção para si e assinou em baixo, escreveu em um pedaço de papel e colocou na geladeira, assim, assim, para todos verem. Grande coisa.

            De tempos em tempos, pensava em escrever algo, uns rabiscos quaisquer, só para dizer “Ainda escrevo”. Mas ficava só no pensamento. Era um misto de preguiça, falta de: criatividade, paciência e coragem. Sentia falta das palavras, isto bem é verdade, mas não de quaisquer palavras, e sim das suas, aquelas que corriam livremente pela folha de caderno, sem nenhuma simetria, regra, estética ou censura. Eram suas então as escrevia como bem entendia. E o Diabo que carregue aquele que por chacota ou má vontade zombasse de seus garranchos. Não importava, eram garranchos sim, não negava. Mas eram exclusivamente seus, assinados em baixo com seu nome. Seu “T” que parece “H”. “E dane-se quem acha que ele é “H”, por que cargas d’àgua  tenho que escrever como todos?”, dizia. E sorria. Era sua marca, seu nome, seu “T” que parecia um “H”, suas palavras.


Por Tamires Lemos de Assis

segunda-feira, 21 de março de 2011

Papo de Mulher

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Olá, lindezas!

É com muita alegria que informo a vocês que, a partir de hoje, todas as segundas e quintas escreverei para o blog Papo de Mulher
Para quem quiser conferir, já está no ar o post "Ontem Menina, Hoje Mulher", que fala um pouco sobre essa transição feminina que tanto nos incomoda.
Comentem, opinem, critiquem e sigam o blog! Toda participação é muito bem vinda!


E para quem tem twitter, é só nos seguir por lá @__papodemulher


Um beijo para todos!
;***

quinta-feira, 3 de março de 2011

Las Manolas

Tomie, Eu e Japa
Duas japas, uma ruiva. O ano muda, o corpo muda, a rotina muda. A amizade não.
Sempre juntas...SEMPRE!

Amo vocês, suas manolinhas!
;***

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Quando Sonhos se Tornam Realidade

 

pp

E 2011 chegou. Chegou e trouxe consigo muitas coisas boas.

 Após a bateria de provas no final de 2010, houve uma pausa para um Ano Novo regado de boas amizades e muito amor, e logo em seguida recomecei a maratona da fase final dos vestibulares. Os dias pareciam ter muito mais do que 24 horas, dormia e sonhava com os resultados. Acordava de manhã pensando “já é hoje?”. Mas não, a espera foi longa…Porém, valeu a pena.

No dia 3 de Fevereiro saiu o resultado da UNESP: Convocada para matrícula em primeira chamada. Dia 7 saiu o da UNICAMP: Não convocada. Logo na terça-feira, dia 8, estava saindo para fazer meu piercing no nariz(uma argolinha singela)pra cumprir a promessa(uma vez que tinha passado pelo menos na UNESP), quando vejo o resultado da USP: Convocada para a matrícula.

PERAÍ, PÁRA TUUUUUDDOOOOOO! Como assim, eu passei? Eu passei MESMO? Não estou sonhando?

Sério, eu não achei que conseguiria passar na USP. Das 3 faculdades que prestei, a única que eu tinha quase certeza que não passaria era justamente ela. Ironia do destino…Agora cá estou eu, “pirando na batatinha”, indo morar em São Paulo, Brasil. Ouviram? Sim, estou indo MORAR em SÃO PAULO! Que loucura. QUE LOUCURA!

Claro que estou em outro planeta. Fico o tempo todo pensando em como será a faculdade, as pessoas, a cidade. Não conheço nada de São Paulo e o desconhecido sempre me assustou um pouco. Novos amigos, novos conhecimentos a serem adquiridos, novos professores, novos ares e lugares. Nova casa, novo emprego. É hora de afrouxar um pouco o laço que me envolve. Não soltar, apenas afrouxar. Não deixarei para trás tudo e todos em Campinas, jamais!Apenas terei dois lares, duas famílias, o dobro(ou mais) de amigos e mesmo namorado(lindo!). O plano é voltar para cá a cada 15 dias.

São Paulo. República. Amigos. Faculdade. Responsabilidade. Letras.

Mal tinha saído o resultado e eu já estava suando frio. No dia seguinte sai minha colocação na UNICAMP: 93º da lista, para 30 vagas. Me diz, para quê? Devo esperar ansiosamente pela 4º chamada, para ser convocada? Ou devo me jogar nessa nova experiência que será a USP?

Vou de USP, muito obrigada e volte sempre!

Eu sei que parece estranho. Se chorei? Sim, chorei. Muito. Ao mesmo tempo que queria ficar, queria ir. Voar. Sobrevoar São Paulo e conhecer cada pedacinho dessa cidade alucinante. Chorei por que a decisão foi difícil. Chorei por que sou assim, chorona por natureza. Por que vou sentir saudade, falta desse ritmo frenético da minha família, das confusões e gritarias. Juro que vou sentir falta disso e de muito mais. Dos amigos, dos fins de tarde em bares, dos domingos de pastel na feira, dos shows e baladas. De fazer lasanha, panqueca, brownie, cookies, cup cake…de ficar de boa na cama amontoada entre amigas, jogando conversa fora, falando sobre esmaltes. Tudo novo. Saudade de ver o namorado quando bem entender. Vamos tomar sorvete? Opa, bora lá! Vamos tomar sorvete hoje DE NOVO? Quero massa sabor Torta de Limão, meu bem. Vamos ao cinema? Vamos ao teatro? Vamos no bar? Vamos, claro que vamos! Vamos ver seriado, jogar tranca? Claro, demorou! Mas hoje é segunda! E daí, quem se importa?

E aos poucos, bem lentamente, as coisas vão tomando forma.

Procura aqui. Encontra ali. Você tem onde morar? Não, e você? Não também, estou sem lar. Vamos montar uma república? Vamos, vamos sim! Será o máximo…Temos que arranjar um local, casa ou apartamento. Quais móveis você pode levar? Fogão, geladeira? Tem microondas, liquidificador, lancheira? Olha, posso levar meu computador. Divido quarto, sem problemas. Prefiro pessoas que não fumem. Relaxa, vai dar tudo certo. Ah, sim: Sobreviveremos

Eu quero TUDO que tenho direito nessa nova fase da minha vida, mas sem abrir mão das coisas que mais me importam no momento atual. Levarei comigo pedaços do que tenho até agora e, no futuro, trarei fragmentos das minhas experiências e poderei compara-los, expo-los em quadros e porta-retratos. Transforma-los em livro e vende-los.

Enfim, fica aqui o registro do que se passa atualmente na minha mente insana. Quero mandar um beijo(me liga) para as minhas amigas e amigos que estão sempre por perto, mesmo quando distantes(oi?), para a minha família que me suporta diariamente, para todos aqueles que acreditaram em mim, me apoiaram e disseram “você vai conseguir, Tami!”, para aqueles que falaram que eu não iria conseguir também mando um beijo(mas não me liguem), e para o meu namorado LINDO que sempre me ajuda com tudo que pode, e que atura essa mulher de fases(aloka).

Chega, né? Escrevi mais do que devia! Boa noite.

#Ao som de Kiss, Kings Of Leon e Pearl Jam(minhas músicas prediletas)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Incerteza

 

About me:

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

- Clarice Lispector

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Experiências e Momentos

 

Totalmente fora de ordem, mas ai estão algumas fotinhos de 2010!! Obrigada por essas LINDAS fazerem parte da minha vida!

 

Recepcionistas de Formatura pela Forcamp

forcamp 09 modf 

Foto: Gabi, Tais, Ellen e Eu

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Copa do Mundo na casa do Tio Rei

agnes e eu modf

Foto: Agnes e Eu

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Show do Titãs

Titãs 03

Foto: Letícia, Alline, Jane, Dri e Eu

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Esquenta para o Show do Titãs na casa da Suellen

Foto: Aline, Cícera, Dri, Suellen, Ester, Ellen, Alline e Eu

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Aniversário de 20 anos em Casa

Meu niver 08 as Smart Object-1

Foto: Japa, Tomie, Mamãe, Eu e Cami

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Festa dos anos 60/70/80

Julho 007 as Smart Object-1

Foto: Pri e Eu

 

Ps: deu aloka de atualizar isso aqui do nada, mas estou com preguiça de escrever textos…Então, vai fotos! hehehe

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Retornando das Cinzas – Mais brega do que nunca!

 

NY - 32

 

Há tempos não escrevia. Não sentia a sensação anuviada de me perder por entre o vasto vocabulário existente, não experimentava a emoção de conseguir expressar-me em um caderno velho, transmitindo meus pensamentos à caneta, e esta, transcrevendo palavras desengonçadas – porém verdadeiras – que vão preenchendo as linhas do papel posto à minha cama, iluminado por um abajur à bateria.

Ah sim, a caneta. Cor vermelho-ferrugem-bordô, da mesma tonalidade dos meus fios de cabelo. Sempre quis ter uma assim. É incrível como ela dança suave e macia sobre a superfície da folha de papel. “Para a futura escritora”, disse. E uma inquietação tomou conta de mim. Ele achava que não, mas me conhecia bem.

Coincidência usa-la justamente hoje? Não, creio que não. Coincidências não são tão comestíveis ao meu ver. Tudo na vida tem um propósito, nada é por acaso. Mas sim, hoje. Três exatos meses após um desafio ser selado. Confesso que ao mesmo tempo que esses meses parecem ter transcorrido e escorrido rapidamente por entre meus dedos, eles passaram vagarosa e lentamente, dando a sensação e o frenesi de que há tempos, já dividia minha vida com esse alguém.

Ah, esse alguém! Que tem uma enorme paciência para comigo, que me irrita com coisas bobas mas também me agrada com coisas simples, que já quase me perdeu uma vez, mas que soube me reconquistar ao ponto de me fazer prestar atenção nas demais vertentes de um relacionamento, que me deixa preocupada e aflita, mas me tranqüiliza dando-me um abraço aconchegante e dizendo que tudo vai ficar bem, que se esforça para entender o que se passa na minha mente turbulenta, que me acompanha nas minhas atividades, nos meus hobbies, que me ajuda com as minhas obrigações…Alguém que é tão diferente de mim, tão calmo e paciente, tão mais razão do que emoção, tão prático e simples…Mas que consegue compreender um pouco do meu nervosismo, da minha ansiedade, do meu jeito hipérbole de ser, da minha complexidade e perfeccionismo. Esse alguém que torna certos dias ruins toleráveis, momentos de tensão mais reflexivos, discussões em trocas de ideias e aprendizado. Alguém que pode não ser minha metade, mas é meu inteiro.

Nesse meu “retorno”, deixo aqui registrado o quão difícil é compartilhar sua vida com alguém, mas o quão fácil pode-se tornar se este alguém está disposto a ser recíproco. Breguices à parte, fico feliz por estar de volta. As cores parecem mais vivas, o ar mais limpo e o perfume mais doce e fresco. Sim, desta vez vim para ficar, e não há nada que me desvie do meu objetivo: escrever.

"Escrever é doar ao mundo aquilo que existe dentro do seu mundo." E cá estou eu: doando.

Escrito dia 03 de Janeiro de 2011 – Segunda Feira – às 11h48 p.m   Por Tamires Lemos de Assis

 

#Ao som de Jorge Aragão(minhas músicas prediletas)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sobre Ser Inesquecível

 

Aparecida 399 

Sobre Ser Inesquecível

É certo que todos já passamos, pelo menos cem vezes uma vez na vida, pelo momento crucial no qual as perguntas que bombardeiam a nossa mente são exclusivamente motivadas pela mistura da neura curiosidade com a carência necessidade. Não uma necessidade em saber uma coisa qualquer, mas sim específica, aquela com uma sede em receber uma resposta plausível, tragável e comestível(rimandinha). Sempre a mesma resposta banalizada idealizada: claro que eu nunca me lembrei/lembro/lembrarei esqueci/esqueço/esquecerei de você!

Em matéria de sentimentalismo, sou expert. Se puder acrescentar um caminhão de drama extra, condiz mais ainda com a minha pessoa. Dado isso, sei que tais perguntas sempre irão brotar em nossas mentes ocas, nem que floresçam só na Primavera. A verdade está aí, não adianta negar. Até o Shrek ser mais macho e bruto do Universo tem seus momentos Luluzinha reflexivos, não adianta esconder. Eu, você e todos nós sabemos muito bem que na calada da noite, quando o fim do dia e o cansaço chegam, no fundo do seu coraçãozinho bate um aperto no peito, uma depressão. Os pensamentos inconvenientes surgem e trazem com eles recordações, principalmente das pessoas que já passaram pela sua vida. Você coloca a mão na boca para não vomitar testa e indaga para as paredes o seu eu-lírico: será que “X” lembra-se de mim?

Por mais frios e calculistas que possam ser os  relacionamentos mentirosos, ilustrativos ou míticos amorosos, afetivos ou apenas físicos, certamente alguma coisa deles ficou guardada e anexou-se a você. Algo foi modificado e não irá voltar à sua forma original.

Tolices, marotices e blá, blá, blá Brincadeiras à parte, cheguei finalmente no ponto em que queria.

Homens e mulheres passam diariamente por nós nas ruas, conduções, corredores…A cidade é um formigueiro. Desde os primeiros anos de vida, nos deparamos com pessoas que fazem parte do nosso dia-a-dia: nossos familiares, amigos de todos os anos escolares, colegas de profissão e potenciais companheiros para uma vida. Muitas delas, de certa forma, contribuem para a nossa formação, algumas agregam-nos valores…Poucas tornam-se inesquecíveis.

Não sei você, mas eu gostaria de sempre me encaixar no pequeno e último grupo. Não importa se fui inesquecível para um cliente quando o atendi respeitosamente, para um professor quando fiz uma pergunta intrigante, para uma criança quando dei-lhe colo, para um paciente quando doei meu sangue e salvei sua vida, para um desconhecido quando, ao cair, ajudei-lhe a levantar, para um rapaz com o qual me relacionei e me entreguei por completo.

O ato em si não exige grandes façanhas, mas sim intensidade. Seja inesquecível nas pequenas coisas, apegue-se aos detalhes que fazem a diferença. Seja único, honesto e íntegro. Honre suas palavras, suas promessas e seus compromissos. Tenha valores bem definidos, busque fazer para os outros aquilo que faria para si mesmo. Mostre o quanto se importa, um mero sorriso pode dizer muito mais que palavras. Não deixe que o mundo diga que você é piegas ou démodé: se ama, diga em alto e bom tom!

Adoro pessoas marcantes na minha vida. Gosto de ouvir uma música, ler um livro, comer um doce, observar uma flor ou qualquer outra coisa que me faça lembrar de alguém específico.

Aproveitando o momento, agradeço a TODOS que fizeram, fazem e que continuarão fazendo parte da minha vida. Quem me conhece, sabe que nunca ocultei o quão as pessoas são importantes para mim, certamente se você se encaixa na categoria “Marcante”, irá saber. Se não, e ainda acha que vale a pena, por que não tentar?

Por Tamires Lemos de Assis

 

#Ao som de “Lista de Reprodução – Músicas Clássicas Favoritas”

domingo, 24 de outubro de 2010

Shelter



Shelter
I find shelter, in this way
Under cover, hide away
Can you hear, when I say?
I have never felt this way
Maybe I had said, something that was wrong
Can I make it better, with the lights turned on
Maybe I had said, something that was wrong
Can I make it better, with the lights turned on
Could I be, was I there?
It felt so crystal in the air
I still want to drown, whenever you leave
Please teach me gently, how to breathe
And I'll cross oceans, like never before
So you can feel the way I feel it too
And I'll mirror images back at you
So you can see the way I feel it too
Maybe I had said, something that was wrong
Can I make it better, with the lights turned on
Maybe I had said, something that was wrong
Can I make it better, with the lights turned on
Maybe I had said, something that was wrong
Can I make it better, with the lights turned on

The XX - Shelter

terça-feira, 12 de outubro de 2010

The XX

 

The XX

Já se pegou pensando em alguma coisa que, aos seus olhos, é impossível? Algo que não se encaixa no contexto, uma peça errada em um quebra-cabeça? Que pareça uma hipérbole, uma antítese ou uma outra figura de linguagem? A incógnita “x” de uma equação? Eu sei que a resposta é sim, não há outra. Sendo assim, deve concordar que as vezes, somos nós quem não compreendemos as coisas como elas realmente são. Nós que as tornamos impossíveis. Temos a mania cretina de trabalhar com suposições, julgamentos, de transformar um fato ou sentimento em algo superestimado, de colocar coisas e pessoas em um pedestal. Criamos a ilusão de que meros sonhos são impalpáveis. O tempo passa. Deixamos engavetado esse pensamento e, quando menos se espera, algo acontece. Chega o dia em que estamos prestes a quebrar essa linha tênue entre o sonho e a realidade. Como diria Smashing Pumpkins em “Tonight, Tonight”: "[…]The impossible is possible tonight[…]”.

(Temos que parar com soluções drásticas, imediatistas. Eu sei que é um enorme desafio, uma vez que eu mesma que vos falo sou “Drama Queen”. Porém, não custa nada tentar. O fato de eu saber exatamente sobre o que se trata, como evitar ou combater, o que devo ou não fazer, não implica em uma execução ou tomada de decisão sensata da minha parte. Falar é uma coisa, fazer é outra. Nem sempre o sábio consegue direcionar o seu conhecimento para beneficio próprio ou de outrem, nesse caso todas as idéias se perdem em um vazio sem fim. De que adianta reter as informações? Cadê a promessa de disseminar e compartilhar seus pensamentos com o mundo? O que tem a oferecer para o seu genitor?

Temos definitivamente que viver mais o agora. O que se foi está enterrado e o porvir é um mistério. É melhor pensar assim: um pote de ouro no fim do arco-íris. Devemos confiar mais, jogar de menos. Mas cuidado: nessa filosofia estilo “Carpe Diem” não tem lugar para a inconseqüência, dizer para aproveitar o momento não implica em baderna, e sim em valorizar as coisas simples da vida, contribuir com o próximo e amar a si mesmo.)

Citando Smashing Pumpkins mais uma vez, ainda sobre a mesma música: [..]Believe in me as I believe in you...[…]. E quando menos se espera, acontece.

Por Mirabelle

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#Ao som de The XX – Álbum XX(Intro, VCR, Crystalised, Islands, Heart Skipped a Beat, Fantasy, Shelter, Basic Space, Infinity, Night Time e Stars).

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ele Não Vem

Ele Não Vem

 

Debruçada sobre a penteadeira, Marcela maquilava-se graciosamente, contorcendo os lábios. A porta estava fechada, mas ele fora tão cuidadoso que ela nem percebera a sua presença. “Você está linda”, disse ele com um sorriso torto, olhos melancólicos e semi-cerrados. “Obrigada, Maninho! Vou sair com o Ricardo, ele vem me buscar em alguns minutos". Ele caminhou até a sacada e pôs-se a observar o céu. “Marcela, olha que fim de tarde linda. Tons cinzas e negros, nem uma estrela sequer. Escuridão”. Ela não deu muita atenção. “Pois é…Vai ficar em casa hoje?”, perguntou enquanto ajeitava os cabelos. “Sim, estou fazendo aquela torta que você adora, igual a mãe fazia. Ficará pronta em dez minutos. Quer um drink enquanto isso?”. Ela continuava concentrada no seu ritual de beleza, olhou para ele rapidamente. “Eu adoraria, mas o Ricardo pode chegar a qualquer momento. Vamos deixar para um outro dia, sim?”. Ele não respondeu. Deu as costas para ela e retornou à sacada. Aquilo era demais, não suportava a idéia de dividi-la com outro homem. Solução drástica, mas ele não se arrependia. O que estava feito, estava feito. “Ele não vem”, disse ainda observando o negrume do céu. Marcela parou de aprumar-se. “O que disse?”. Ele calmamente virou-se e, olhando fixamente para sua meia-irmã, repetiu. “Ele não virá, Marcela. Nem hoje, nem amanhã…Nem nunca mais”. Estava sério, não havia sorriso torto, apenas melancolia. “Do que você está falando, Marcelo? Estou ficando assustada”. Ele caminhou em sua direção. “Estou apaixonado por você. Eu te amo, fuja comigo”. “Você está louco, vou esperar o Ricardo lá embaixo”. Virou-se para sair, mas ele a deteve, puxando-a pelo braço. “Você não vai a lugar algum! Já disse, ele não virá. E sabe por que? Ele está morto, eu o matei! E você fará o que eu mandar, a menos que queira ir presa”. “Seu assassino, eu vou…”. Mas ele tapou-lhe a boca. “Não, não vai. Tomei muito cuidado, todas as provas apontam para você”. Marcela chorava desesperadamente, as lágrimas caiam sem dificuldade. “Ah, meu bem…Sorria! Vamos comemorar, a torta já deve estar pronta”.

Por Tamires Lemos de Assis

 

Ps: conto elaborado como redação do cursinho com base em um conto de Machado de Assis, onde dois irmãos de mesmo nome, sendo ela filha legítima e ele adotado, podem ser íntimos além do laço de criação que os une.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ESTAMOS COM FOME DE AMOR - Arnaldo Jabor

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[Nesta segunda-feira(20) na aula de redação do cursinho, lemos um texto muito interessante do Arnaldo Jabor, que prendeu a minha atenção. O curioso, é que ele não se encaixa apenas na minha vida, mas na de todos. Tenho certeza: qualquer um que ler estas palavras, minuciosamente escolhidas, irá se identificar com pelo menos alguns pontos do artigo.]

"Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem,o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias. Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam,alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida? Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós. Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho"! Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis. Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois. Quem disse que ser adulto é ser ranzinza.

Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra que pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada  de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é pra continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida. Antes idiota que infeliz!"

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sobre Envelhecer…

ouro fino 163

Sempre olhei para a velhice com os olhos de uma criança: é a época da vida na qual os avós estão “de férias”. A avó gosta de assar biscoitos de polvilho e fazer sorvete de beterraba, cozinhar uma macarronada com muito molho e comprar queijo de minas para comer com goiabada. O avô sempre promovendo partidas de dominó, bingo e damas, valendo como prêmio deliciosos chocolates, pirulitos, balas, chicletes e outras guloseimas. Em toda parte tinha algum gibi da Turma da Mônica. A casa está sempre limpa, as roupas de cama engomadas, a mesa posta com comidas suculentas e as flores sempre regadas, exalando um perfume adocicado pelo quintal.

Ser velhinho é andar de vagar, meio curvado. É usar dentadura, tirá-la para dormir e esquecê-la dentro de um copo d’água no criado-mudo. É ter aquela pelanquinha fina debaixo dos braços, tão gostosa de apertar. É usar pijama e pantufas o dia inteiro. É guardar fotografias cor sépia, disco de vinil e moedas antigas. Ter como parte da decoração lembrancinhas de todas as suas bodas.

Avós sempre contam boas histórias. O avô, quando jovem, ia para a pescaria e voltava com peixes enormes, mas tão grandes que para carregá-los era necessário vários homens. Ele era demais, as feras do mar nunca o venciam. A avó conquistava todos por onde passava. Contava que os homens da cidade eram apaixonados por ela, e que o número de pedidos de casamento que recusara podia ser apenas comparado com a quantidade de lágrimas que derrubou durante toda a sua vida.

Férias de Julho é mais gostoso na casa dos avós: encontrar os primos que não via há tempos, brincar no parquinho da praça, ir na matinê com fantasia de Rambo, assistir aos Jogos de Inverno, pular Carnaval na rua seguindo os blocos, ganhar boné do Timão e assistir ao jogo comendo pipoca, doce de leite com queijo de palito até cansar. Preparar apresentações musicais nos eventos familiares, cantar “As Quatro Estações” de Sandy e Júnior, montar um grupo cover das Spice Girls e ser a Victoria, com direito a dancinha e autógrafos.

Descrevi a MINHA ideia, quando criança, da velhice em Ouro Fino-MG, onde moram meus avós: Lourdes e Geraldo. Criança na sua inocência, sempre acha que os seus avós são imortais. Quem nunca fez com que eles prometessem que não iriam morrer? Que assim como os nossos pais, nunca deveriam nos deixar? Todo mundo tem medo de perder aqueles que mais ama.

Mineira de sangue e não de estadia, percebo que os poucos dias em que fiquei na minha terrinha foram suficientes para criar raízes, estas que permanecem bem fixas até hoje. Percebo agora, o quanto tudo isso faz parte de mim, o quanto sinto por não ser mais criança, por ter agora que encarar a vida como ela realmente é: imprevisível.

Tenho constantemente vontade de pegar meus avós, colocá-los em um potinho e guardá-los comigo para sempre, sempre e sempre. Na verdade, eu faria uma coleção de potinhos, colocaria neles todas as pessoas que amo, por que só a ideia de não tê-los comigo me dói. Queria ter feito isso com a minha vó Amélia, com o meu primo Wandrey, com tanta gente especial que passou pela minha vida, deixou marcas e foi embora quando eu menos esperava. Mas eu seria muito egoísta se fizesse isso. Devemos deixar livre as pessoas que amamos, por que se tudo for verdadeiro, não importa o que aconteça elas estarão sempre conosco.

Nesse feriado de 7 de Setembro irei para minas, cessar a saudade imensa, de quase dois meses, que estou dos meus avós. Será muito importante, pois mais do que nunca eles precisam de muito amor e carinho, afinal não é qualquer um que chega aos 80 e poucos como eles chegaram.

No fim das contas, palavras nunca são suficientes para mostrar o verdadeiro valor das coisas, elas fazem com que apenas uma ideia represente tudo o que sentimos e pensamos. Mesmo assim, escrevo mais algumas linhas dizendo o quanto amo meus avós, o quanto são importantes para mim, o quanto me dói não tê-los sempre por perto, não tê-los eternamente.

Eu sei que uma hora ou outra tudo finda, é inevitável. Mas desejo do fundo do meu coração que no momento, ocorra tudo da forma mais doce e suave possível.

#Ao som de Mozart, Ravel, Tchaikovsky, Pachelbel, Schubert e Beethoven.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

I Need Some Fine Wine And You…

…You Need To Be Nicer.

Essa segunda quinzena de Agosto tem sido muito maluca singular. A TPM intensificou meus problemas e aflorou bons e maus assassinos sentimentos. Logo na quinta-feira comecei a me sentir mal, o primeiro indício de que algo estava errado foi sinalizado pela dor de cabeça, que ultimamente tem me dado bom dia, boa tarde e boa noite. Companheira para todas as horas. casamento. Neste momento já foi agregado aos sintomas: tosse, espirro, dor no corpo, cansaço…

Coisas estranhas incomuns também aconteceram: é incrível como as pessoas são extremistas e sensacionalistas, sempre uma tempestade em um copo d’água, certo? Esse parece ser o lema que rege o universo, criada pelo meu tão odiado amado Deus Murphy. Mas tudo há de se estabilizar, não dá para parar a vida sempre que alguma coisa não sai como eu quero planejado/desejado.

Enfim, agora com as aulas de inglês, dos livros de vestibular e de Sociologia, Filosofia e História da arte no cursinho, o fim de semana parece um dia tenso comum. Meu sábado virou uma segunda-feira. Domingo passado tive simulado e ontem trabalhei 10h. Cheguei em um ponto que é inútil desejar uma sexta feira por que não tem catchaça saída, um sábado por que não tem ninguém amigas em casa, um domingo por que não tem internet soneca até depois do almoço.

Sinto uma falta imensa de ler um montão de livros, de acompanhar vários seriados, baixar inúmeros filmes por torrent e ficar assistindo até tarde da noite. De ir na Feira Hippie de domingo comer dois pastéis com suco e docinhos pastel, de ir tentar jogar bola no Taquaral, de ir ao cinema, ao Delta Blues Bar…Como faz falta! Mas sei que é para um bem maior…Passar na faculdade. Falando em faculdade, as inscrições para os vestibulares já estão começando, amanhã mesmo farei a da Unicamp.

(Bom, a Tô entrou na net agora e vou fofocar conversar com ela ;D)

Lema do momento: “no pain, no gain”.

 

Ao som de #The Cardigans, The Corrs e The Cranberries (I love so much!!!)

domingo, 15 de agosto de 2010

A Menina dos Olhos Brilhantes

Havia um tempo em que os sentimentos transbordavam –de tristeza ou alegria- rendendo boas histórias. A menina dos olhos brilhantes deleitava-se com a infinidade de emoções que enchiam o seu peito e sua mente, preenchendo as linhas de um caderno velho de anotações. Mas esse tempo ficou no passado. Agora o que ocupava sua mente e seus dias era a responsabilidade, que não a deixava em paz nem por um segundo. As vezes, acordava para mais uma vez cumprir suas obrigações, olhava-se no espelho e encarava uma pessoa desconhecida. Quem habita o outro lado do espelho? Essa não sou eu…

Nós mudamos constantemente e, mesmo não percebendo isso quando fazemos uma auto-análise, as pessoas que estão olhando de fora reparam. Somos cegos para os nossos erros e defeitos, mas temos olhos de águia quando se trata de observar os outros.  Temos medo de mudanças por que geralmente, elas representam a necessidade de transformarmos as coisas ao nosso redor e a nós mesmos, e no fundo sempre nos sentimos um pouco apegados ao passado, ao corpo, ao material, e precisamos buscar meios para nos auto-superarmos. Mexer com alguma coisa que está quieta é sair do comodismo, e por isso “sacudir a poeira” incomoda tanto.

A menina dos olhos brilhantes hoje é apenas a menina dos olhos. Atentos, desconfiados, esperançosos…Apenas duas esferas observadoras e nostálgicas, que esperam ansiosamente que um dia, um novo brilho apareça, quem sabe até mais cintilante.

 

#Ao som de Pearl Jam e Muse

domingo, 8 de agosto de 2010

Metamorfose Ambulante

 

barbie-gorda

 

O imediatismo nunca esteve tão presente em nossas vidas como nos dias de hoje. A necessidade de acompanharmos as milhares de informações lançadas a cada segundo é imensa. A tecnologia tornou-se descartável, tendo um curtíssimo “prazo de validade”. Os valores foram modificados com base nas novas e supérfluas relações interpessoais. O comportamento humano já é outro. A mente humana já é outra. Já!

Na história da humanidade, sempre houve modificações, mas no geral elas aconteciam em um longo período. Estamos no século XXI, e inúmeras transformações continuam acontecendo, porém a curto prazo. O tempo não muda: Temos as mesmas 24 horas, os mesmos 365 dias, só que acrescentamos um maior número de atividades à nossa rotina. Tratamos com prioridade aquelas coisas que são opção; os valores foram distorcidos e hoje um “eu preciso” é aplicado a um batom novo, mas não a um prato de comida. Coisificação.

Os relacionamentos também passaram por modificações, estão tornando-se cada vez mais superficiais. Um “eu te amo” não é algo dito com o intuito sentimental, e sim como uma forma de extravasar efusivamente a futilidade.

Toda essa “metamorfose ambulante” inserida nesta “mundo instantâneo”, do mesmo modo que pode trazer coisas boas para a sociedade, pode trazer certos malefícios. Um deles é que o ser humano está “perdendo” a capacidade de pensar. Ora porque recorre a meios práticos para resolver os seus problemas, acentuando assim o comodismo, ora porque há uma falha na educação dos jovens de hoje, deixando a desejar quando não ensina a analisar os fatos e perceber que o mundo não é descartável, que as pessoas são mais importantes que os bens materiais, que a tecnologia e praticidade são excelentes, desde que utilizados com cautela e moderação.

Por Tamires Lemos de Assis

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Redação elaborada com base no tema:

- A Efemeridade/Transitoriedade dos fatos, dos valores, das relações e seus efeitos no ser humano.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Tequila

 

 

Tequilada

Eis que ainda estou na espera da tão sonhada “habilitação”(provisória). Para descontrair toda essa tensão de serviço-carta-vestibular-inglês, nesse meio tempo, me joguei na tequila. Julho foi definitivamente um mês singular, só na semana passada foram 5 doses de tequila, festa dos anos 60, baladinha…Comentei que sentia falta de algo “louco” neste 2010 cheio de promessas, obviamente consigo algo melhor, mas no sábado fiz algo que SEMPRE quis fazer: Dançar em cima de algum palco/balcão em balada. Que sensação BOA, de PODER! hehe

Férias do cursinho acabando e com ela, as noites de seriados, skype, filmes, músicas, livros…(não vou lamentar meus 16 novamente! haha). Confesso que me dá um leve desespero(é possível?) imaginar que já estamos quase em Agosto, que eu com os meus bem preenchidos 1,55m tenho 20 anos de existência…Dá pra acreditar numa coisa dessas?

O intrigante é que algumas coisas parecem tão exatas e tão certas, que em um momento tornam-se absolutas, e já num outro…É como se fossem estranhas até para nós mesmos. Essas incertezas sempre dizem olá para mim: Hoje quero isso, amanhã por uma simples ação de outrem, minha ou até do destino, posso querer aquilo. Por que as coisas simples tornam-se tão confusas e vice-versa? Ironias do destino…

Murphy says: Beijosmeligagata.

Eu não liguei no dia seguinte. Ele ficou “P” da vida e ai…bom, todo mundo já conhece a definição da palavra “Vingança”.

#Ao som de: Portishead – Álbuns “Glory Times” e “Dummy”.