terça-feira, 21 de outubro de 2008


Soneto do Amor Total
Vinícius de Moraes

Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.




Um comentário:

Ian disse...

Oh L'amour...

Às vezes quero morrer de amor, quero matar a mulher que amo(?), quero matar a nós dois. Às vezes penso que é idiotice. Mas eu sou um paradoxo, não se admire se um dia ver estampado nos jornais: Rapaz morre de amor.

E como se morre de amor? Não sei. Talvez eu morra e volte pra contar. Um dia, quem sabe.

Uma amiga que faz Unicamp(mundo pequeno!) me disse que eu me pareço com o Vinícius, tento entender até hj.

Foi poeta, sonhou e amou na vida!

Beijos Nega Jan.

;)