Soneto do Amor Total
Vinícius de Moraes
Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Um comentário:
Oh L'amour...
Às vezes quero morrer de amor, quero matar a mulher que amo(?), quero matar a nós dois. Às vezes penso que é idiotice. Mas eu sou um paradoxo, não se admire se um dia ver estampado nos jornais: Rapaz morre de amor.
E como se morre de amor? Não sei. Talvez eu morra e volte pra contar. Um dia, quem sabe.
Uma amiga que faz Unicamp(mundo pequeno!) me disse que eu me pareço com o Vinícius, tento entender até hj.
Foi poeta, sonhou e amou na vida!
Beijos Nega Jan.
;)
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